Lula detona polícia e crava: "Precisa aprender a diferenciar bandido de pobre"

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fez críticas à atuação da Polícia Militar do Rio de Janeiro, em um evento ao lado do governador Cláudio Castro (PL). As críticas de Lula ocorreram poucos dias após operações da corporação e uma série de mortes atribuídas aos policiais. Lula pediu à polícia que saiba "diferenciar um criminoso de um cidadão pobre que anda pelas ruas".

Lula expressou preocupação com a maneira como os cidadãos negros e pobres das periferias são tratados, afirmando que é necessário respeitá-los para evitar tragédias, como o caso de um adolescente de 16 anos, morto por um policial despreparado ou irresponsável.

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"A culpa não pode ser apenas da polícia, mas precisamos reconhecer que um agente que atira em um jovem já caído não estava emocionalmente preparado para ser um policial", disse, referindo-se ao caso de Thiago Flausino, de 13 anos, morto no último domingo (6) na Cidade de Deus, atingido por um tiro supostamente disparado por um policial militar do Batalhão de Choque. Os familiares alegam que o PM disparou novamente contra o jovem após ele já estar ferido no chão. O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios e pela Polícia Militar.

Lula enfatizou que não responsabiliza o governador Castro e demonstrou interesse em contribuir para a melhoria da formação dos policiais. "Precisamos criar condições, governador. O presidente da República quer assumir responsabilidade junto a você. Devemos garantir que a polícia esteja pronta e capacitada para combater o crime", afirmou.

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Lula detona polícia

"Essa polícia precisa distinguir quem é um criminoso e quem é um cidadão pobre que circula pelas ruas. Isso requer uma formação sólida. Não estou atribuindo culpas a nenhum governador. O governo federal deve assumir a responsabilidade de ajudar os governadores a combater a violência, já que o crime organizado está se expandindo pelo país."

O presidente participou de uma cerimônia para anunciar uma parceria de R$ 2,6 milhões entre o governo federal e a prefeitura do Rio de Janeiro. Esses recursos serão destinados à compra de quase 700 ônibus, à requalificação do corredor de ônibus Transoeste e à construção de terminais e garagens públicos.

Além disso, o dinheiro também será investido na construção de um anel viário em Campo Grande, na zona oeste da cidade, um projeto com investimento de aproximadamente R$ 1 bilhão.