PSD expulsa acusado de agredir Alexandre de Moraes

O PSD anunciou a expulsão de seus quadros do empresário Roberto Mantovani Filho. Ele está sob investigação por hostilizar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre Moraes, no aeroporto de Roma. A decisão de expulsão foi tomada na terça-feira (18) e oficializada no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última sexta-feira (21).

Gilberto Kassab, presidente do PSD, confirmou a decisão e esclareceu que se valeu de uma prerrogativa prevista no estatuto do partido para a desfiliação como resposta a um ato disciplinar. Embora a possibilidade de cancelamento automático seja concedida somente ao presidente do PSD, Kassab afirmou que buscou consulta junto a membros da Executiva e lideranças partidárias antes de realizar o desligamento.

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Mantovani fazia parte da legenda desde março de 2016, representando o município de Santa Bárbara D'Oeste (SP), onde exercia influência política e também no âmbito do futebol.

O advogado do empresário, Ralph Tórtima Filho, criticou a medida, alegando que a expulsão foi precipitada. Ele defendeu o passado ilibado de seu cliente e ressaltou que o ato não foi devidamente apurado pelas instâncias competentes. Tórtima Filho declarou que o tempo mostrará a injustiça cometida com essa decisão do partido.

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A expulsão aconteceu simultaneamente à realização de uma operação de busca e apreensão na residência do casal investigado. Apesar do empresário ter o direito de recorrer, a manifestação não teria efeito suspensivo.

Moraes, ministro do STF, é visto como um desafeto pelos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e foi hostilizado no aeroporto italiano, onde foi chamado de "bandido", "comunista" e "comprado". Durante o incidente, ele relatou ter sido alvo de um golpe contra seu filho, cujos óculos chegaram a cair.

Mantovani estava acompanhado de sua esposa, Andreia Munarão, seu genro, Alex Zanatta Bignotto, e seu filho, Giovanni Mantovani, e classificou o ocorrido como "um entrevero".