Bolão em Brasília aposta quando Bolsonaro irá para a cadeia

Jair Bolsonaro (PL) será preso. É essa a aposta corrente nos corredores de Brasília e que levou a classe política fazer uma espécie de Bolão para descobrir quando o ex-presidente acabará atrás das grades. A ideia do jogo é acertar o mês e o dia aproximado em que ocorrerá o encarceramento.

O NaTelinha ouviu de alguns deputados e senadores que a aposta começou em tom de brincadeira, mas já está ganhando algum volume. Alguns parlamentares já deram seus palpites e até enviaram o quanto pretendem apostar, caso a pilhéria fique sério. Para a maioria dos nomes ouvidos, Bolsonaro não termina 2023 fora da prisão, mas praticamente ninguém mantém uma aposta com data aproximada.

Boa parte dos deputados da base aliada do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aposta que o ex-presidente irá parar atrás das grades no último trimestre de 2023, enquanto alguns acreditam que isso pode ocorrer antes, já nos próximos meses. Entre o parlamentares do Centrão, quem tenta adivinhar, defende que a prisão ocorrerá apenas em 2024, num período próximo às eleições municipais.

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O próprio Bolsonaro afirmou nesta semana que acredita na prisão porque, na visão dele, querem transformá-lo num "ex-presidiário". A frase se refere ao modo que ele trata Lula desde que o principal adversário político deixou a cadeia e ainda antes de virar candidato à presidência. A pessoas próximas, no entanto, o líder da oposição afirma privativamente que não acredita que será preso.

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Atualmente, o ex-presidente viu seu nome envolvido em vários processos e denúncias, todas no STF (Supremo Tribunal Federal) e que poderiam levá-lo para a cadeia. Entre elas, a falsificação da carteira de vacinação contra a Covid, em que ele garante não ter participado, embora seja o grande beneficiado, e principalmente a minuta de um golpe de estado, encontrada na casa de Anderson Torres, que era ministro da Justiça do governo de Bolsonaro.

Questionados sobre qual o valor da aposta e quanto um parlamentar poderia vencer, ninguém quis confirmar para a reportagem por tratar-se de algo "apenas voltado a um jogo dos deputados e senadores".