Publicado em 17/06/2022 às 07:31:00,
atualizado em 04/11/2022 às 00:05:33
Se a esperança da Globo era produzir uma novela de sucesso para manter o entusiasmo do público vindo de O Clone (2001), a emissora se frustrou ao apresentar uma trama com muitos problemas nos bastidores. A esperança só ficou mesmo no título do folhetim assinado por Benedito Ruy Barbosa, com seu primeiro capítulo exibido em 17 de junho de 2002, há exatos 20 anos. O próprio autor teve que reformular a concepção de sua obra, ao ver que a Globo havia mostrado a atmosfera em uma minissérie (no caso, Aquarela do Brasil, em 2000).
A ideia era que Benedito escrevesse uma continuação de Terra Nostra (1999), mas após a frustração do escritor, ele teve de abandonar a ideia de seguir a saga e criou uma novela diferente. Assim finalmente a produção ganhou o título de Esperança e saiu do papel.
Mesmo com a negativa de fazer a continuação de Terra Nostra, o novo folhetim teve os mesmos elementos da trama anterior, a começar pelo sotaque italiano dos personagens e a presença de Ana Paula Arósio, Raul Cortez e Maria Fernanda Cândido como na obra de 1999. Mas nem o elenco de peso foi capaz de vestir a camisa da novela, já que eram constantes os atrasos da entrega dos capítulos e a insatisfação geral da equipe.
Sem material para levar ao ar, a direção assinada por Luiz Fernando Carvalho, teve que se virar nos trinta e recorrer a cenas de flashback para preencher o espaço do que ia ao ar, prejudicando a audiência que já estava baixa por conta do horário político e Copa do Mundo. Com a pressão e a estafa batendo na porta, Benedito Ruy Barbosa chegou ao limite e abriu mão de continuar a novela.
No seu lugar, Walcyr Carrasco assumiu o texto e deu novas dinâmica e rumo para o folhetim, criando novas histórias e personagens. Quem não gostou nada das alterações foi Benedito, que acusou Carrasco de ter mudado completamente a narrativa da história original. O fato é que, com as mudanças, o público voltou a se interessar pela trama e a audiência subiu.
Além do estresse por conta dos atrasos nas gravações, fazendo com que os atores não pudessem assumir outros compromissos profissionais, o elenco também enfrentou baixas durante a exibição. Ana Paula Arósio vivia Camilli, a antagonista da trama, e dava sua personagem uma angústia pela perda de um amor.
VEJA TAMBÉM
Em uma cena de força com Reynaldo Gianecchinni, Arósio torceu o pé e o artista quebrou um dente. Além disso, o ator Luís de Lima, que fazia uma participação na novela interpretando Antônio, morreu durante a novela. Apesar dos tropeços, a trama ainda foi reconhecida pela bela direção de arte e fotografia colocada em cena, além de Ana Paula Arósio ter sido premiada com o Troféu Imprensa de melhor atriz de 2002.
Depois de longos 209 capítulos, Esperança foi marcada como uma das novelas mais problemáticas da década e amargando 38 pontos de média de audiência, considerada uma das mais baixas da história da faixa das 8 da Globo.
Vilã não morreu
Mulheres de Areia: Isaura tem reencontro emocionante com Raquel
Estreou na TV aos 7
Lembra dele? Ex-ator mirim, Matheus Costa virou galã e bomba na web
Inconsequente
Agora ele aprende
Amor perigoso
Desespero
Forasteiro
Reencontro
Segredo ameaçado
Pai do ano
Desconfiada
Vai ser um chuá!
Sortudo
Bomba
Bomba
Tragédia
Passado suspeito
Abusador
Se fazendo de morta
Emocionados
Interesseiro
Atentado