"Queria me lembrar da sensação da fibra em contato com a boca, sentir os efeitos desses nutrientes no meu organismo. A carne é um alimento pesado, que nos puxa à matéria, e Juma, em toda a sua rusticidade, me pediu por esse vigor."
Alanis Guillen
Publicado em 02/05/2022 às 09:31:19,
atualizado em 02/05/2022 às 09:46:54
Na pele de Juma em Pantanal, Alanis Guillen revelou a preparação que fez para viver a protagonista do remake da extinta TV Manchete (1983-1999). O percurso até essa construção artística exigiu um retorno às suas características mais instintivas. "Passei dias andando descalça e noites inteiras imersa na natureza, aguçando minha visão noturna", conta à revista 29Horas.
"Experimentei, ainda, aulas de equitação e de kung fu – arte marcial chinesa cujos golpes são intimamente inspirados pelas movimentações animais", explica ela, que também voltou a ingerir proteína animal, hábito que havia abandonado.
"Queria me lembrar da sensação da fibra em contato com a boca, sentir os efeitos desses nutrientes no meu organismo. A carne é um alimento pesado, que nos puxa à matéria, e Juma, em toda a sua rusticidade, me pediu por esse vigor."
Alanis Guillen
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Protagonizando a novela, Alanis se orgulha de que esse já é um dos seus maiores desafios. "A história de Juma é tão cheia de simbolismos e folclore, que me sinto na responsabilidade social de representar culturas e vozes que vão muito além de mim”, comenta a atriz, que, todas as noites, invade as telas globais com os cabelos cacheados se rebelando contra o vento, sempre descalça e usando quase nenhuma maquiagem."
"Juma é livre, e isso aparece no seu figurino simples, no seu jeito rústico de andar e se comunicar, e na sua força indomável. A Juma foi nascida e criada no cenário selvagem do Pantanal, vive em meio aos bichos, como um deles, e está sempre acesa em seus sentidos mais primitivos. Enchê-la de preciosismos seria trair a sua essência, que é crua e ainda não foi atravessada pela modernidade e suas futilidades."
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A atriz desbravou o Pantanal logo nos inícios das filmagens, em fazenda na cidade de Aquidauana, no interior do Mato Grosso do Sul. "Foi uma experiência única que mesclou choque e contemplação. É, na mesma proporção, um cenário de calmaria e aventura. Não me surpreende que um ambiente tão rico tenha enchido os olhos do público em 1990 e volte a deslumbrá-lo agora", refletiu.
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