Publicado em 24/04/2022 às 11:00:00
O remake de Pantanal trouxe a essência da história da versão original, mas o autor Bruno Luperi fez muitas atualizações em relação ao trabalho feito pelo seu avô, Benedito Ruy Barbosa. Além de mudanças em comportamentos dos personagens, o roteirista também alterou termos para que não ocorresse estranhamento do público.
A Globo também resolveu dar uma nova roupagem em diversos pontos da trama. Uma delas acabou sendo na fotografia. A nova versão se tornou ainda mais solar e tem usado e abusado de cenas áreas, até porque ficou mais fácil por causa dos recursos.
Confira:
A primeira versão mostrava cenas do pantanal e de diversos animais. Além disso, a direção da novela optou por imagens mais escuras, bem diferente do remake, que trouxe uma abertura mais solar e usando e abusando de montagens.
No entanto, a principal diferença está na música de abertura. A composição de Marcus Viana foi interpretada por Sagrado Coração da Terra na versão original. Já na adaptação coube a Maria Bethânia, em parceria com Almir Sater, dar uma atualização na canção.
Guta é uma personagem com uma mentalidade atualizada, bem diferente dos seus pais. Na primeira versão, sua sexualidade é questiona pela mãe. Para provocá-la, a garota fala que é “sapatão”, termo usado na época para se referir à mulheres homossexuais.
Já na segunda versão, a personagem é questionada novamente sobre a sexualidade. Como o termo “sapatão” é pejorativo, o autor Bruno Luperi colocou no texto a palavra lésbica. Em ambos os casos, Maria Bruaca ficou chocada.
Jove deixou o Rio de Janeiro para conhecer o Pantanal e também seu pai José Leôncio. Na primeira versão, ele foi chamado para participar de uma festa e comer carne. No entanto, pediu um prato e talheres para poder comer, algo muito diferente do que ocorria entre os peões da fazenda.
No remake, Luperi decidiu trazer a discussão do veganismo. Zé oferece carne para o filho e o garoto afirma que é vegano, porque seus princípios não permitem que ele coma um alimento vindo do animal. O pai fica chateado e demonstra o primeiro conflito entre os dois.
Uma das atualizações foi a forma em que Maria Marruá e Velho do Rio se transformavam em animais. Na primeira versão, o rosto de Maria era encoberto por uma figura de onça, usando e abusando da computação gráfica.
Já a Globo decidiu fazer de maneira diferente, recorrendo ao jogo de câmeras. Todas as vezes que Maria se transformava em onça, a câmera mudava de ângulo e, no retorno, já aparecia a onça. A mesma coisa ocorre nas cenas do Velho do Rio.
Na primeira versão, Maria não queria criar Juma, tanto que decide ter o parto no rio e colocar a menina no barco para que a correnteza levasse o bebê para longe. Durante o nascimento da criança, o céu se ilumina e Marruá salva a filha de ir embora, mas sem enfrentar uma sucuri.
Já na segunda versão, o conflito é o mesmo e o local em que ocorre o nascimento de Juma é o mesmo. Mas a diferença é que Maria virou onça e salvou a filha do ataque de uma sucuri.
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