"Eu tenho muita agonia de coisas que envolvem sangue, cirurgia, essas coisas. Ainda pretendo ficar na área de vida animal, mas como um zoólogo talvez."
Publicado em 24/03/2022 às 04:00:00,
atualizado em 24/03/2022 às 09:29:54
Nessa quarta-feira (23), fez 10 anos que o último capítulo da exibição original de Fina Estampa (2011-2012) foi ao ar. A novela de Aguinaldo Silva rendeu uma indicação na categoria Melhor Ator Mirim, no prêmio Melhores do Ano, a Gabriel Pelícia, que deu vida a Quinzinho. Quando interpretou o filho de Teodora (Carolina Dieckmann) e Quinzé (Malvino Salvador), ele tinha apenas quatro anos, mas guarda boas lembranças da trama. "A gravação da cena do incêndio na mansão foi a que mais me marcou. Tinha muita fumaça e até caminhões de bombeiro no set. Na época, eu fiquei doido com isso, porque nunca tinha visto um pessoalmente", conta, em entrevista ao NaTelinha.
"Gravamos até de madrugada, mas eu tava adorando tudo aquilo. Lembro de outras cenas engraçadas que sempre aconteciam no meu núcleo. Era muito legal, pra mim foi uma diversão. Fora o carinho que todos tinham comigo, afinal, eu era o mascote da novela. Ganhei presentes da equipe e fui muito mimado, principalmente por Malvino e Lilia [Cabral]", revela, dizendo que ainda nutre carinho pelos colegas de elenco.
Aos 15 anos, o carioca está se dedicando a um curso profissionalizante em uma instituição pública do Rio de Janeiro e já mudou de ideia em relação à faculdade de Medicina Veterinária, que era um sonho antigo. "Estou fazendo o novo Ensino Médio de Administração, pois quero sair [da escola] com uma formação técnica, e administração é a base de tudo", pontua, antes de explicar por que traçou novos planos para o futuro.
"Eu tenho muita agonia de coisas que envolvem sangue, cirurgia, essas coisas. Ainda pretendo ficar na área de vida animal, mas como um zoólogo talvez."
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Gabriel assume que o ensino remoto, devido à pandemia da Covid-19, prejudicou um pouco seu rendimento escolar, mas dá uma justificativa. "Quando era pequeno, era um aluno melhor. Hoje as coisas estão diferentes, estou no ensino médio, fiquei dois anos 100% em EAD e agora estou em horário integral, então tô estranhando um pouco essa mudança toda. Eu era muito bom em matemática, ganhei olimpíadas e tudo, agora já não sei somar 2+2", diz ele, aos risos.
Sobre a adolescência, ele afirma que não está curtindo muito, mas destaca a importância de ter os amigos por perto nessa fase. "Tenho alguns amigos pra conversar e trocar experiências. Gosto muito de RPG (jogo de videogame). Inclusive, do meu grupo, só eu sou do Rio. O restante é de outros estados. Tem gente até de Portugal", vibra, falando ainda que nunca namorou.
Após o fim de Fina Estampa, Gabriel Pelícia fez vários cursos de teatro, de interpretação para TV e alguns workshops, mas não pensa mais em seguir carreira artística. "Estudava até aos fins de semana, mas essa área é muito difícil. Foi uma fase muito legal da minha vida, mas hoje em dia tenho outros interesses. Continuo agenciado. Se pintar algo, ok, mas não estou procurando", admite, lembrando que as oportunidades que teve foram suadas.
"Nunca rolou convite. Os trabalhos que fiz foram por meio de testes e sempre foi muito difícil conseguir. Passava por peneiras com várias crianças e às vezes ficava um dia inteiro pra fazer um teste. Fiz muitos outros onde não passei, não me enquadrava no personagem", completa ele, que também participou de Flor do Caribe (2013) e da série Questão de Família (2014-2017), do GNT.
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