Isis Valverde faz 35 anos: Sereia em duas novelas, atriz levou tendência ao topo

Isis Valverde chega aos 35 anos nesta quinta-feira (17) com mais de dez novelas da Globo no currículo. Até aí, nada muito diferente para uma das atrizes mais requisitadas de sua geração. Porém, o que torna o portifólio da mineira mais curioso são as duas sereias que ela levou para as telinhas.

Na minissérie O Canto da Sereia (2013), que começou a ser reexibida no Canal Viva no último dia 5, Sereia é uma cantora de sucesso que é assassinada em cima do trio elétrico em pleno carnaval. Assim como na ficção, em que, em pouco tempo, a personagem encanta a todos e se torna a rainha do axé, na mitologia, "o canto da sereia" é uma expressão que designa algo que tem grande poder de atração em que as pessoas caem sem resistência.

Como não podia ser diferente, o conceito do figurino de Isis nos quatro episódios da produção foi baseado em escamas de peixes. As roupas da protagonista tinham muitas pérolas, tramas de redes de pescar, transparências, cristais e materiais orgânicos. Na cena em que foi assassinada, por exemplo, Sereia usou um vestido todo feito com pérolas, escamas de madrepérola e fios de poliamida com xales de escamas de acetato.

Para compor a personagem, Isis teve a ajuda de Ivete Sangalo. "Ela foi muito fofa. Ela me botou dentro de casa, conversou comigo, me mostrou como ela fazia pra poder levar o trio. Me mostrou tudo. Foi uma conversa e ao mesmo tempo foi uma atuação", revelou a atriz, no Conversa com Bial, em abril do ano passado.

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Em A Força do Querer, Isis Valverde viveu Ritinha, personagem adepta do sereísmo

A tendência das sereias caiu no gosto das brasileiras e se tornou uma das fantasias mais buscadas para festas e períodos comemorativos, como o Carnaval. As telespectadoras que curtiram o estilo de Ritinha, personagem de Isis Valverde em A Força do Querer (2017), incorporaram elementos dos figurinos da personagem nas roupas, na maquiagem e até mesmo nos cabelos.

Na trama de Glória Perez, Ritinha cresceu ouvindo que seu pai é um boto e acreditava ser uma sereia, aparecendo caracterizada em boa parte das cenas. Mesmo quando não estava vestida de sereia, o figurino da morena era bem específico e quase todo montado com peças artesanais, como blusas de crochê, sandálias de couro feitas à mão, bijuterias de escamas de peixe e sementes da Amazônia. O objetivo dos figurinistas da novela era que ela tivesse um tom leve e natural. Foram produzidas três caudas, todas sob medida para a intérprete. "A primeira cauda oficial foi feita de silicone, pesando 24 quilos. Tivemos ao todo três caudas, uma idêntica à primeira, por segurança, e uma outra mais leve, de 12 quilos, para as cenas em que a cauda precisa ser carregada", explicou a figurinista Natalia Duran, à revista Quem.

Para dar vida à personagem, Isis teve aulas de mergulho, sereismo e apneia. "Foi o trabalho físico mais difícil que já fiz em toda minha vida, que ultrapassava o limite do meu corpo. Fazer apneia por quatro minutos, em sete metros de profundidade com cauda de 27 quilos. Foi a experiência mais incrível mergulhar com todos os bichos, inclusive com tubarão. Conviver com os botos no rio foi mágico, de verdade", lembrou, em entrevista ao Altas Horas, em setembro de 2020.

Na novela, a morena tinha o poder de encantar e seduzir as pessoas e vivia a euforia da juventude. A sereia tinha o sonho de conhecer outros lugares e aproveitar o que a vida podia oferecer. As sereias contemporâneas encaram o sereismo como um estilo de vida, com preceitos que incluem amar o mar e a natureza, defender os animais e levar uma vida sustentável.