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Enfoque NT: "O Canto da Sereia" é impecável; público reconhece

Estreou na última terça-feira (08) a microssérie “O Canto da Sereia”

Divulgação/TV Globo

Publicado em 12/01/2013 às 03:44,
atualizado em 04/08/2022 às 15:28

Estreou na última terça-feira (08) a microssérie “O Canto da Sereia”, baseada na obra do escritor Nelson Motta.

Desde o primeiro capítulo, notamos que Ísis Valverde (a intérprete de Sereia) conseguiu criar uma personagem bastante carismática e mostrou mais uma de suas facetas como atriz e sua interpretação como baiana foi bastante crível no que se refere ao sotaque. Seu figurino também estava irretocável.

A direção de Ricardo Waddington foi simplesmente perfeita e deu o tom adequado à série, que priorizou o mistério de seu assassinato. No livro, muito da política baiana é criticada, bem como a indústria da música, mas na microssérie preferiram fazer com que esses temas fossem enfraquecidos.

Uma das cenas que mais chamaram a atenção foi quando Sereia descobre que está doente com um tumor no cérebro e pede ajuda à Mara (Camila Morgado). A cena é filmada com uma câmera que mais parecia “amadora” (chamada de câmera nervosa), tremendo e se contorcendo conforme a personagem rolava de dor, dando uma imersão maior para quem estava assistindo no sofá de casa - para se contorcer junto.

A fotografia é espetacular e irrefutável. Os flashbacks como uma forma de narrativa foram geniais. Tudo estava “dando liga” harmoniosamente, inclusive a trilha sonora que “casou” perfeita e impecavelmente.

Muito se falou sobre o assassino da protagonista, e no que a direção faria. No livro, Sereia contrata um matador de aluguel aleatório para matá-la em cima do trio elétrico, enquanto que na microssérie ela pediu para que seu maior fã, admirador e secretário a matasse.

“A maior prova de amor é se desprender de tudo, até mesmo da vida”. Essa frase até mesmo chocante foi dita pelo assassino Só Love (João Miguel), explicando o motivo de tê-la matado à Augustão (Marcos Palmeira).

Sobre a audiência, “O Canto da Sereia” não precisou de novela das nove impulsionando-a, teve altos índices por merecimento. O público soube reconhecer uma boa obra, fechando o último capítulo com chave (e números) de ouro: 25 pontos de média. Nos outros três dias, ela marcou 21, 21 e 19 pontos (terça, quarta e quinta-feira respectivamente).

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