Joy de Um Lugar ao Sol se despede da novela e defende: "Nenhuma mulher é obrigada a querer filho"
Personagem sai de cena nesta quarta-feira (26) após levar ao ar abordagem importante sobre maternidade, aponta a atriz Lara Tremouroux
“Apesar de a história dela ser dura e complexa, acho natural que as pessoas reajam com raiva e indignação”, diz Lara Tremouroux, a Joy de Um Lugar ao Sol - Foto: Divulgação/Globo/João Miguel Júnior
Publicado em 26/01/2022 às 04:00:00, atualizado em 26/01/2022 às 10:27:26
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Joy sai de cena nesta semana em Um Lugar ao Sol, deixando um sentimento de dever cumprido para a atriz Lara Tremouroux. A personagem, rebelde e inconsequente, causou na trama da Globo e levou ao ar uma discussão rara de se ver em novelas. “Acho muito importante essa abordagem mais aterrada do que pode ser a maternidade, sem romantizá-la”, diz a intérprete, em entrevista exclusiva ao NaTelinha.
“Acho também maravilhoso ver uma personagem mulher afirmar sem medo seus desejos e convicções. Nenhuma mulher é obrigada a querer ter filhos, e falar sobre isso pode ser libertador para que nenhuma delas se sinta sozinha ou culpada por essa decisão”, acrescenta Lara Tremouroux. A atriz de 28 anos, com sete de carreira, já participou de novelas e séries na Globo, mas tem, com a Joy, seu primeiro papel de grande destaque no horário nobre.
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Em Um Lugar ao Sol, a personagem engravidou de Ravi (Juan Paiva) e foi convencida por ele a não abordar. O nascimento de Francisco não despertou o instinto materno na jovem, que, mais recentemente, deixou o menino sob os cuidados do pai dele. Nem mesmo o passado dramático – vinda de uma família disfuncional, vítima do abuso do padrasto – despertou a empatia da audiência, que elegeu a moça como uma das megeras da história.
Morte de Joy em Um Lugar ao Sol chega a ser comemorada na web; para atriz, reação é pertinente às atitudes da personagem
A notícia de que Joy morrerá tragicamente – a sequência está prevista para ir ao ar nesta quarta-feira (26) – chegou a ser comemorada por parte do público. Desde o início da história, a postura da pichadora não escapou do tribunal da internet. “Acho uma reação pertinente a muitas das atitudes dela, ainda mais observando o contraste de atitudes em relação ao Ravi. Apesar de a história dela ser dura e complexa, acho natural que as pessoas reajam com raiva e indignação”, avalia a atriz.
“Fiquei super satisfeita com a trajetória da Joy! Apesar das polêmicas, acho que conseguimos mostrar várias facetas de complexidade da personagem, tanto se referindo à sua história e origem quanto ao seu temperamento. Amei fazer a novela, fui muito feliz com meus parceiros de cena e equipe.”
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Um Lugar ao Sol foi toda gravada em meio à pandemia da Covid-19, o que representou um desafio para o trabalho da atriz. “Foi um verdadeiro malabarismo para que pudéssemos encontrar as maneiras de realizar nosso trabalho – que costuma ser permeado de tanto contato físico e proximidade – de forma segura e preventiva. Mas a sorte foi termos vários profissionais qualificados que nos apresentaram um protocolo possível para que pudéssemos seguir trabalhando.”
Além do trabalho na TV, ela tem colhido frutos de atuações no cinema. No último Festival do Rio, em dezembro, foi eleita a melhor atriz coadjuvante pelo filme Medusa, que também recebeu o Troféu Redentor de melhor ficção. “Os dois filmes que fiz e rodaram em festivais em 2021 devem entrar em circuito nacional neste ano de 2022. São eles Medusa, da Anita Rocha da Silveira, e também Ela e Eu, do Gustavo Rosa de Moura. Também tenho outro trabalho em andamento, mas que por enquanto é sigiloso.”
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