Publicado em 02/05/2021 às 10:51:16
Em 1981, a Globo estreava uma novela feita para Fábio Jr brilhar. O Amor é Nosso, além de mostrar o cantor no papel do protagonista Pedro, ainda era o responsável por cantar a música-tema do folhetim, Eu me Rendo. O que a emissora carioca não esperava era que a trama seria uma das maiores dores de cabeça de sua história e um fracasso retumbante. O folhetim assinado por Roberto Freire e Wilson Aguiar Filho deu tão errado que até hoje correm boatos que as fitas com os capítulos foram completamente apagadas.
Exibida entre abril e outubro de 1981, a novela que contou com o pai de Fiuk como seu maior protagonista não agradou o público e foi a pior audiência da faixa das 19h da história até aquele momento, título que ostentou por outros 11 anos. O folhetim terminou com média de 39,3 pontos. Para se ter uma ideia, sua antecessora Plumas e Paetês havia conquistado 46,6 e, antes dela, Chega Mais fechou com 49.
A ideia da trama partiu de Roberto Freire, um dos mais respeitados jornalistas e psiquiatras da época, e ele foi ajudado por Wilson Aguiar Filho, conhecido novelista dos anos 70. A ideia de O Amor é Nosso, segundo o próprio Freire, era fotografar a juventude da época. "Vamos ver se desenvolvemos, basicamente, o comportamento do jovem de hoje. Que tipo de amor é esse que existe na juventude, que propostas ela traz? Evidente que tudo isso dentro dos limites do horário e da televisão. São situações muito críticas e muito novas, que precisam ser tratadas de maneira correta", disse ele em entrevista na ocasião.
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Com a audiência capengando, a Globo tentou salvar o que restava da novela e, por volta do capítulo 80, escalou Walter Negrão, já conhecido por novelas de sucesso. Mas de pouco adiantou porque o telespectador já havia se afastado em definitivo da ideia inicial da dupla de autores e não voltaria mais para acompanhar a narrativa e, nem mesmo Fabio Jr foi capaz de atrair a presença de fãs. Além de um roteirista experientes, a emissora também chamou Carlos Zara, experiente ator e diretor e que havia terminado seu trabalho em Baila Comigo, para auxiliar o então diretor Gonzaga Blota.
Um dos maiores críticos de novelas da época, Artur da Távola, definiu a novela assim após o último capítulo: "Muito difícil fazer um balanço crítico de O Amor é Nosso! Diante de tantas alterações, impossível analisar a obra. Não há obra. A novela acabou descosida, diferente, desossada, embora de certa forma divertida. Mas morrerá sem deixar saudades. (…) A novela ficará como essas pessoas que morrem jovens: partem cheias de promessas e esperanças do que poderiam ter sido, se tivessem vindo a ser".
A fracassada novela, no entanto, serviu como estreia daquele que seria um dos mais importantes diretores de novelas cômicas do país: Jorge Fernando. Embora ele já trabalhasse na Globo, ora atuando e ora como auxiliar de direção, em O Amor é Nosso ele foi creditado pela primeira vez como diretor e já fez o debute cometendo uma gafe que o rebaixaria de cargo.
Em entrevista anos depois ao Planeta Xuxa, Jorginho, que faleceu em 2019, contou que cometeu um erro grave ao passar uma cena com o anúncio de gravidez de uma personagem e que não estava no roteiro inicialmente e, por isso, não havia sido enviada para a Censura Prévia. "Voltei a ser assistente de direção por causa de ‘Cíntia está grávida’! ‘Cíntia está grávida’ foi um divisor de águas em minha vida", revelou o diretor.
O Amor é Nosso acompanhou a trajetória de Pedro, um jovem que quer se tornar músico conhecido e que é muito ligado à mãe, mas vive barraqueando com o pai. Ele sai de casa e passa a morar numa comunidade de estudantes para, pouco depois, descobrir que seu irmão roubou a sua namorada, o que faz ele dar um novo rumo à sua vida conhecendo a mulher que vai ajudá-lo a chegar ao estrelato.
A história de Pedro, vivido por Fabio Jr, se cruza com a de muitos outros e quase sempre dispostos a ajudá-lo ou a se envolver com ele, já que o rapaz acaba se vendo no meio de um triângulo amoroso quando a moça por quem ele se apaixona também é encantada por um ex-seminarista.
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