Publicado em 31/12/2020 às 06:21:00
Embora haja a infinita polêmica sobre quando começa e termina, o NaTelinha vem mostrando uma série de listas com o fechamento de mais uma década, e não poderia deixar de fora a relação das cenas mais marcantes das novelas brasileiras exibidas neste período, que teve direito a fortes sequências em Avenida Brasil (2012) ou Cordel Encantado (2011), até mais recentemente com O Outro Lado do Paraíso (2018).
As novelas sempre aparecem nas conversas do telespectador brasileiro por fazer parte do DNA, tanto que no ano de pandemia em que tudo foi reprisado, as reexibições de produções fizeram grande sucesso. E a década teve muitas sequências importantes e que fizeram parte da memória afetiva do público brasileiro, por isso merecem constar numa lista.
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Em 2017 a Globo levou ao ar o primeiro trabalho de Cao Hamburger como roteirista de uma novela e foi um sucesso imediato na temporada de Malhação. Intitulada Viva a Diferença, a história acompanhou a vida de cinco amigas e virou um fenômeno a ponto de vencer o Emmy Internacional e ganhar um spin-off, que está no ar no Globoplay com As Five.
E a cena mais marcante da trajetória de Keyla (Gabriela Medvedovsky), Ellen (Heslaine Vieira), Benê (Daphne Bozaski), Lica (Manoela Aliperte) e Tina (Ana Hikari) foi justamente quando elas se conheceram em pleno vagão de metrô parado em São Paulo em que as cinco estavam sozinhas e Keyla acabou entrando em trabalho de parto, sendo ajudada pelas quatro garotas.
Uma das novelas mais marcantes da década aconteceu logo no primeiro ano, em 2011. Duca Rachid e Thelma Guedes aliaram um conto de fadas ao sertão nordestino, com direito até a cangaceiros e, no que parecia impossível, conseguiram transformar a trama em imperdível. O sucesso foi tamanho que o público guarda com carinho até hoje a linda história de amor entre Açucena (Bianca Bin) e Jesuíno (Cauã Raymond).
E por falar no herói do folhetim, a cena mais marcante da história é justamente a envolvendo sua possível morte. Quando Jesuíno acaba sequestrado e preso pelo vilão Timóteo (Bruno Gagliasso) e é condenado à morte por enforcamento, todos se juntam para tentar salvá-lo do destino trágico, o que acaba acontecendo no último segundo, com muita tensão, é claro.
Também na faixa das 18h outra novela que chamou a atenção foi a trama histórica Novo Mundo, sob responsabilidade de Thereza Falcão e Alessandro Marson. O folhetim histórico narrou a história de Dom Pedro I (Caio Castro) e contou com diversas passagens que realmente aconteceram durante o período em que o Brasil ainda pertencia a Portugal.
Inclusive, a cena mais marcante da novela, exibida em 2017, a produção levou ao ar um dos momentos mais importantes da história do Brasil, o grito da Independência feito pelo imperador às margens do Rio Ipiranga e que iniciou o movimento que separou o país de Portugal.
Em 2012 o horário das 19h conheceu um de seus maiores fenômenos do século - e não apenas da década - com a trama protagonizada por Isabelle Drummond, Taís Araújo e Leandra Leal e que acompanhava a vida de três empregadas domésticas. O auge da classe C era exibida na tela e fazia muito sucesso com um folhetim que ainda misturava todo o drama e comédia a uma história de musical.
E por falar em musical, a cena mais inesquecível da história criada por Filipe Miguez e Isabel de Oliveira é o clipe que alçou as três empregadas ao sucesso, formando o grupo Empreguetes. Ali, inclusive, a Globo lançou mão de uma estratégia multiplataforma, com o musical sendo exibido primeiramente na internet e somente depois liberado para a TV.
E a Record também teve uma sequência importante em suas telenovelas. A emissora paulita passou a investir em meados da década em tramas bíblicas e conseguiu atrair a atenção do público, principalmente em Os Dez Mandamentos, mostrando toda a trajetória de Moisés (Guilherme Winter) guiando o povo judeu para o fim da escravidão no Egito.
E um dos momentos icônicos do folhetim escrito por Vivian de Oliveira entre 2015 e 2016 foi o momento em que o Mar Vermelho se abre milagrosamente pelo poder de Deus. Para a cena a Record utilizou tecnologia de primeira, utilizando efeitos especiais de Hollywood e que levou o canal à liderança no Ibope, superando a novela das 21h da Globo, A Regra do Jogo, no momento em que o mar se abria.
Substituir um fenômeno como Cordel Encantado seria uma tarefa árdua e coube a Lícia Manzo cumprir este papel logo em sua estreia como novelista na faixa das 18h da Globo. Mas ela mandou bem com A Vida da Gente (2011), com uma história diferente, envolvendo a rivalidade duas irmãs, Ana (Fernanda Vasconcellos) e Manu (Marjorie Estiano), mesmo que nenhuma fosse vilã.
E a cena em que as duas irmãs falam de todas as suas mágoas e abrem o jogo, ofendendo uma a outra, é considerada ainda hoje como uma das mais marcantes da década pelos telespectadores e, vira e mexe, volta à tona nas redes sociais.
O ano era 2012 e João Emanuel Carneiro voltava à faixa das 21h depois da trama experimental A Favorita (2008). Contando uma história de vingança, o autor deixou o Brasil boquiaberto com a sede de justiça de Nina (Debora Falabella) contra a vilã Carminha (Adriana Esteves), numa rivalidade que poucas vezes se viu na TV brasileira em toda a história.
E com a novela considerada uma das mais importantes de todos os tempos, a cena em que Carminha enterra Nina viva depois de descobrir que sua empregada é a criança Rita que ela deixou no lixão e mostra novamente toda a sua força é, ainda hoje, tida por muita gente como a mais importante não da novela, mas de toda a dramaturgia brasileira na década.
A primeira imersão de Walcyr Carrasco no horário das 21h, depois de escrever sucessos nas faixas anteriores, foi muito bem vista por parte dos telespectadores, embora não conseguisse conquistar o coração da crítica. Em Amor à Vida (2013), o autor tentou fazer um folhetim eletrizante e criar o primeiro vilão gay ao apresentar ao público Felix (Mateus Solano).
O personagem não aconteceu com a vilania esperada porque a interpretação carismática do ator fez o público se apaixonar por Felix e, por isso, o autor tratou de promover a redenção do vilão. Com isso, ele acabou perdoado por ter jogado a sobrinha na caçamba de lixo e ainda por cima protagonizou o primeiro beijo gay da história da Globo.
Em 2017 Gloria Perez parecia preparada para reconquistar o coração dos telespectadores depois de ter criado anos antes a problemática Salve Jorge (2013). Com A Força do Querer, a novelista apresentou uma trama forte e cheia de meandros, com personagens que conquistaram o público, tanto que voltou ao ar neste ano no período de reprises por causa da pandemia.
Mas no meio de tantas sequências fortes e personagens carismáticos, a cena icônica do folhetim foi justamente a que utilizou pela primeira vez o apelido de Bibi Perigosa (Juliana Paes), quando ela aprende a atirar na favela, já envolvida no mundo do crime.
Único autor a aparecer duas vezes na lista, Walcyr Carrasco foi o que mais escreveu na década e se manteve no auge, quando o assunto é audiência e criar tramas que caíram na boca do povo. Em 2018 ele levou ao ar O Outro Lado do Paraíso, apresentando uma proposta inspirada no Conde de Monte Cristo, mas com uma protagonista mulher, Clara (Bianca Bin).
E o folhetim recordista de audiência marcou o país com o retorno de Clara para a cidade depois de ter sofrido todo tipo de ataques e que muita gente considerava que ela estava morta. "Você não imagina o prazer que é estar de volta", a frase que acabou virando meme e foi até repetida no Big Brother Brasil.
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