Em 2007, a intenção da equipe do CQC (2008-2015) era de que Rafael Cortez participasse do programa como produtor, mas o jornalista insistiu para conseguir uma vaga no elenco que brilhou na frente das câmeras da Band e conseguiu. Mais de 15 anos depois, o veterano conta ao NaTelinha que o desafio recente foi outro, ao encontrar as portas das emissoras de TV travadas depois da pandemia da Covid-19.
"O CQC era um programa que me queria como produtor e eu tive a atitude de pedir a vaga de repórter e brigar pela vaga de repórter, de insistir para fazer os testes de repórter. Vendo hoje, eu entendo que eu fiz o que fiz naquela época, em outubro de 2007, muito mais por uma intuição do que por uma certeza, mas eu sou muito feliz de ter ouvido a minha intuição em muitos momentos da minha vida e da minha carreira", pontua.
Aos 48 anos, o apresentador diz que agora age sabendo o que funciona, com a certeza de que tomar determinada atitude vai ser positivo para sua trajetória, mas confessa que ainda ouve a intuição. Essas e outras histórias estão no livro Atitude Transformadora, lançado por ele em agosto, que fala de iniciativa e ousadia.
"Esse livrou conta histórias de bastidores legais, que chancelam aquilo que eu acredito sobre atitude, a ponto de poder palestrar, escrever um livro desse tema. De fato, essas coisas não são teorias, elas foram práticas. Se eram teorias, elas foram vividas na prática e viraram uma verdade", destaca Rafael Cortez.
Antes de o coronavírus assolar o mundo, o jornalista já atuava como palestrante falando de suas próprias experiências profissionais, mas aposentou o projeto porque focava na importância de ser multifacetado, algo com o que já não se identifica mais.
"Eu não estou mais parecendo com esse tema porque, quando a pandemia aconteceu, eu entendi que ser multifacetado, às vezes, não é o melhor conselho que se possa dar para a gestão de uma carreira. E a pandemia trouxe a necessidade de especificidades."
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Durante o período de confinamento, Rafael Cortez percebeu que as pessoas buscavam conteúdos específicos vindo de quem era especialista naquele assunto: "Eu, que fazia música, comédia, jornalismo, era influenciador digital, era tudo ao mesmo tempo, não era a primeira opção de muita gente. Então, quando eu bolei uma palestra sobre multifacetação e sugerindo que todo mundo fosse multifacetado, eu não podia prever que viria uma pandemia que exigia especificidades, né?".
"Quando a pandemia acabou e eu voltei para o mercado, eu obviamente tentei fazer televisão e fui vendo que a TV estava com as portas muito travadas, não diria fechadas ou cerradas, mas as portas estão meio travadas, né? Tem muita gente querendo fazer TV e tem pouca oportunidade na TV", observa.
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Foi aí que Rafael Cortez decidiu fazer uma nova palestra falando de atitude, que leva o mesmo nome de seu terceiro livro e já foi apresentada em diversos eventos corporativos, congressos e universidades desde 2022. "Eu me posicionei como palestrante, fazendo os investimentos necessários para isso, as conexões, os networks, e está dando certo", celebra o jornalista.
Buscando um parceiro para tirar o "CQC genérico" do papel, o apresentador destaca que sempre se esforçou para deixar uma marca por meio de seu trabalho e que gosta de aparecer por meio dele: "Raras vezes eu apareço a partir da minha vida pessoal. Eu gosto que as pessoas se lembrem de mim porque me veem trabalhando, repercutindo alguma coisa que eu estou fazendo no trabalho".
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Confira trecho da palestra Atitude Transformadora:
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