Publicado em 08/06/2022 às 06:55:00, atualizado em 08/06/2022 às 09:03:49
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No ar na reprise de Alma Gêmea (2005), pelo canal Viva, como Terê, Davi Lucas trocou a carreira de ator pela de psicólogo e, hoje, aos 27 anos, atende pacientes do Brasil e do mundo. Em conversa exclusiva com o NaTelinha, ele falou sobre essa transição.
"Eu não desisti, eu escolhi não mais atuar. Foi uma escolha. Isto é algo que sempre lateja em minha mente: decidir não mais atuar em uma emissora gigante é algo tão inconcebível que 'desistiu' sempre vem, e, não, 'escolheu'", dispara.
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Com 20 anos de carreira como ator, o último trabalho de Davi na televisão foi Êta Mundo Bom!, em 2016, o ator conta que já sabia que a novela de Walcyr Carrasco seria sua última, e diz que a transição para a psicologia ocorreu de forma gradual. "Porém, intensa", acrescenta.
"Escolhi psicologia por gostar de entender as pessoas mesmo. A curiosidade inicial foram: interesse por entender as pessoas e o cérebro. Meu público é, majoritariamente, feminino e com filhos de até 3 anos de idade. Atendo muito estas mães que estão passando por uma reorganização integral em suas vidas", explica.
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Questionado sobre se já foi reconhecido por algum paciente, Davi responde brincando. "Olha, na realidade, eu acho pouco provável que alguém, dos meus pacientes, não saiba que trabalhei como ator", avalia.
"As pessoas, geralmente, já chegam em sessão sabendo disso, portanto, a reação é sempre muito tranquila. E também existe o fato de eu me colocar como profissional de psicologia e deixar muito claro, desde sempre, que são duas praxis completamente diferentes", observa.
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Segundo o ator e psicólogo, ele só não conseguiu se livrar do assédio. "Não. O assédio ainda existe, mas, hoje, como não trabalho mais com TV, é tudo muito mais tranquilo", garante.
Nascido em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, Davi Lucas começou a atuar aos 7 anos, por influência da irmã, que também é atriz, na peça "Natal Encantado da Bela e a Fera".
Na TV, a estreia foi com "O Pequeno Alquimista", em 2004. Um ano depois, veio sua primeira novela na TV Globo, Alma Gêmea. Na carreira, destaque ainda para o seriado "Minha Nada Mole Vida (2006/2007), escrito por Fernanda Young e estrelado por Luiz Fernando Guimarães.
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Como ator, participou, ainda, das produções Caras & Bocas (2009) e Beleza Pura (2008), além do remake de TI TI TI (2010) e do folhetim Fina Estampa (2011), ambas reprisadas na Globo durante a pandemia. Davi nega que reveja seus trabalhos na televisão. "Não. Já virei a página", afirma. "Gostei dessa!" [risos].
Durante a pandemia da Covid-19, o profissional da saúde não trabalhou com atendimento clínico, mas sempre se fez presente nas redes sociais. Ele aproveita para avaliar esse período pós-pandemia.
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"No momento em que estamos, eu consigo ver, claramente, na clínica, os efeitos da pandemia e de como ela provocou efeitos muito fortes na vida das pessoas. Pessoas que perderam familiares, pessoas que apresentam sequelas por conta do COVID, pessoas que tiveram de antecipar decisões gigantescas... enfim, são muitos os quadros", ressalta.
Davi conclui a conversa apontando o que lhe dá saudade do tempo de quando atuava e o que não lhe faz falta alguma. "Eu sinto muita saudade do pessoal da técnica: Chico camareiro, Caveira, da arte, Xandão cameraman, o Naja caboman também... pessoas que marcaram a minha construção como pessoa", lista.
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"E eu não sinto falta nenhuma de fama. Na real, eu nunca gostei, não gosto e acho que, como disse Dr. Paulo Muzy uma vez: "A fama é o ônus do sucesso", finaliza.
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