Publicado em 28/10/2021 às 09:22:42
Edgar Moura Brasil, viúvo de Gilberto Braga que faleceu na última terça-feira (26) aos 75 anos de idade, se pronunciou sobre a dor que vem sentindo ao perder seu grande amor. "Hoje na nossa despedida física, eu vi o quanto você era amado. Enfim, meu querido, o vazio na minha vida ficou, e pensar num futuro sem você é muito difícil", desabafou ele na noite dessa quarta (27).
"A todos os que presencialmente ou em pensamos estão comigo nesse momento, meu mais profundo obrigado pelo carinho e amor", acrescentou ele, que já levava quase 50 anos ao lado do autor. Edgar declarou, ainda, que morreu não apenas seu marido, mas seu melhor amigo.
"Gilberto, meu querido, o que dizer de um companheiro de 49 anos de respeito, afeto, carinho, amizade? O que dizer de um amigo com quem eu convivi muito mais de dois terços da minha vida? De um companheiro que eu amei, que me ensinou e com quem eu mantive, um relacionamento sincero, profundo e que eu também ajudei num crescimento mútuo?", lamentou.
O viúvo narra que desde os 18 anos de idade o tem como amigo, companheiro e amante. "Enfim, o meu porto-seguro. Hoje me sinto muito só, mas sei que conquistamos amigos que vão me ajudar a suprir a sua ausência. Gilberto, tenho um imenso orgulho de ter compartilhado esse caminho com você de sucesso, onde você inovou a linguagem da teledramaturgia brasileira."
E encerra: "De ter acompanhado o seu tão merecido reconhecimento e saber que fui um felizardo em ter tido uma vida excepcional em alegrias, tristezas e sucesso ao lado. Tive a extrema sorte de ter convivido com você, meigo, brilhante e que soube captar como poucos o mundo que nos cerca".
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Gilberto deixa um legado de mais de 20 produções na televisão brasileira. Referência na teledramaturgia, marcou seu nome nas novelas por seu estilo único. Reconhecido por abordar a sociedade carioca como ninguém em suas obras mais famosas, Gilberto começou escrevendo para a TV como roterista do Caso Especial, entre 1972 e 1974.
Seu texto peculiar chamou atenção dos dirigentes da Globo que o escalaram para escrever Corrida do Ouro (1974), em parceria com Lauro Cesar Muniz. Sua primeira novela solo ocorreu no ano seguinte, quando estreou Senhora (1975), clássico de José de Alencar adaptado para a TV pelas mãos do novelista.
Alcançou seu primeiro grande sucesso com Escrava Isaura, primeira novela a alcançar número impressionante de exportação para o exterior. Em 1978, Dancin Days marcava a primeira experiência do escritor no horário das 8, faixa em que ele seguiu durante vários anos, com tramas que chamaram atenção do público e da crítica, como Água Viva (1980) e Corpo a Corpo (1984).
Mas foi em 1988 que Gilberto escreveu uma das novelas mais lembradas da história da teledramaturgia: Vale Tudo. Trama que trouxe personagens memoráveis como Odete Roitman (Beatriz Segal) e Maria de Fátima (Gloria Pires). Nos anos 90, assinou folhetins controversos, como O Dono do Mundo (1991) e Pátria Minha (1994), porém, nessa época, foi aclamado pela crítica por Força de um Desejo (1999), esmerada produção das 18h.
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