Polêmica

MP abre investigação contra padre após falas homofóbicas a jornalistas da Globo

Padre Paulo Antônio Müller viralizou vídeo nas redes sociais

Padre Paulo Antônio Müller, Pedro Figueiredo e Erick Rianelli - Foto: Montagem/Reprodução
Por Redação NT

Publicado em 17/06/2021 às 15:51:28,
atualizado em 17/06/2021 às 15:55:20

padre Paulo Antônio Müller está sendo investigado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso. O religioso viralizou nas redes sociais após fazer comentários homofóbicos contra os repórteres Erick Rianelli e Pedro Figueiredo, contratados da Globo.

“A gente faz um namoro, não como a Globo apresentou essa semana. Dois viados. Desculpa, dois viados. Um repórter com um veadinho, chamado Pedrinho. ‘Prepara meu almoço, tô chegando, tô com saudade’. Ridículo! Que chamem a união de dois viados, duas lésbicas, como querem, mas não de casamento”, declarou o sacerdote na gravação.

Segundo informações do G1, o MP afirmou que “as declarações do padre extrapolaram a liberdade religiosa e podem resultar em medidas extrajudiciais, de ação civil pública por dano moral coletivo causado à sociedade, bem como ação penal, por eventual crime cometido”.

Devido à grande repercussão do caso, a Globo também divulgou um posicionamento, prestando solidariedade aos dois repórteres, afirmando "seu compromisso com a diversidade" e repudiando "toda forma de preconceito".

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Na última quarta-feira (16), Pedro Figueiredo respondeu aos ataques do padre após declaração de seu marido, Erick Rianelli, ter viralizado de novo um ano depois. O gesto aconteceu no Dia dos Namorados de 2020, mas com mensagens bem diferentes da época quando foi ao ar. "Acreditamos no afeto como transformação", escreveu o repórter.

"Quem nunca sonhou em receber uma declaração de amor na TV? Eu tive essa sorte. Foi no ano passado, no dia dos namorados. Os repórteres e as repórteres que estavam ao vivo no Bom Dia Rio se declararam pra seus amores. Naquele dia, o Erick Rianelli era o único LGBT do grupo", escreveu em trecho.

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