Publicado em 27/04/2021 às 14:53:00,
atualizado em 27/04/2021 às 15:16:44
Felipe Neto ironizou nesta terça-feira (27) o delegado da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática do Rio de Janeiro, que terá que prestar explicações sobre a afirmação de que teria enviado a investigação contra o youtuber após a juíza Gisele Guida, da 38ª Vara Criminal do TJ ter expedido a ordem de esclarecimento. A promotoria do MP do Rio também solicitou um posicionamento sobre o assunto envolvendo o influencer.
“É amigos, hoje não está sendo um bom dia para o delegado que me intimou pela Lei de Segurança Nacional e me indiciou por ‘corrupção de menores’. Juíza e Ministério Público cobraram hoje explicações do delegado após ele mandar meu caso pra justiça federal”, escreveu Felipe em seu perfil do Twitter.
Em março, o youtuber começou a ser investigado após o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, registrar um boletim de ocorrência contra Felipe. No documento, o parlamentar do Rio de Janeiro afirmou que o influencer teria praticado crimes de calúnia e contra a Segurança Nacional ao associar seu pai com a palavra genocida.
No dia 17 de março, a magistrada Gisele concedeu liminar ordenando a paralisação da investigação contra Felipe. Porém, o delegado teria passado informações para a Justiça Federal. Por conta disso, agora terá que prestar esclarecimentos e, caso tenha enviado informações contra o youtuber, poderá responder por crime de desobediência.
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O youtuber havia sido intimado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro para depor após fazer uma crítica ao presidente Jair Bolsonaro. Por meio do Twitter, o influencer contou que foi envolvido em investigação de "crime contra a segurança nacional". Neto afirmou que isso não passa de uma tentativa de o intimidar por conta de expor opiniões contrárias ao atual governo, e garantiu que não vai parar.
Em outro momento, ele ainda explicou o motivo de ter usado o termo em questão a se referir a Bolsonaro, e citou a questão das ações do político na pandemia. "Minha atribuição do termo 'genocida' ao Presidente se dá pela sua nítida ausência de política de saúde pública no meio da pandemia, o que contribuiu diretamente para milhares de mortes de brasileiros. Uma crítica política não pode ser silenciada jamais!", disse na ocasião.
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