Publicado em 17/02/2021 às 14:47:00,
atualizado em 17/02/2021 às 16:55:22
Belo foi preso nesta quarta-feira (17) pela Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), da Polícia Civil do Rio de Janeiro. O pagodeiro é investigado por conta de um show que ocorreu no Complexo da Maré, mesmo com as proibições devido à pandemia do novo coronavírus. O artista diz que seguiu todos os protocolos de segurança contra a Covid-19.
O evento aconteceu na Escola Municipal do Parque União, no último sábado (13), mas não tinha autorização da Secretaria Municipal de Saúde. Há também uma investigação para saber se houve invasão ao colégio. A DCOD abriu um inquérito e, nesta quarta, prendeu o cantor preventivamente. Outros três mandados foram cumpridos, levando para a delegacia Célio Caetano, Henriques Marques e Jorge Luiz Moura Barbosa.
“O cantor Belo foi preso em Angra dos Reis. Ele tava na cidade para participar de um programa de rádio e os policiais da Delegacia de Combate às Drogas cumpriram o mandado de prisão justamente porque ele é investigado”, informou a jornalista Yasmin Bachour, no programa Melhor da Tarde.
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Em comunicado, Belo afirmou que seguiu todas as recomendações de segurança contra a Covid-19. Entretanto, ele alegou que não consegue ter controle de todo mundo e que apenas estava trabalhando.
“Fizemos o show seguindo todos os protocolos. Não temos controle do geral. Isso nem os governantes têm. As praias estão lotadas, transportes públicos, e só quem sofre as consequências são os artistas. Que foi o primeiro segmento a parar, e até agora não temos apoio de ninguém sobre a nossa retomada. Sustentamos mais de 50 famílias”, declarou.
De acordo com informações da polícia, todos os envolvidos no evento serão escutados, inclusive o pagodeiro. Belo terá que explicar para a Justiça quem foi o responsável pelo pagamento do cachê do show.
Belo se envolveu em uma polêmica no último final de semana após fazer dois shows em comunidades do Rio de Janeiro, que geraram grande aglomeração em meio a pandemia. A primeira apresentação aconteceu na madrugada do último sábado para domingo (14), na Vila Cruzeiro, Zona Norte do Rio.
Já a segunda foi realizada na madrugada desta segunda-feira (15) no alto do Morro do Vidigal, na Zona Sul.
A esposa de Belo, a modelo fitness Gracyanne Barbosa, foi até a delegacia para averiguar a situação do marido. Não falou com a imprensa, mas em seu Instagram oficial deixou uma longa nota, em que comenta a prisão do cantor. "Vivemos um novo normal, certo? Esse novo normal é para alguns ou para todos? Todos nós. Estamos nos virando para nos adequar as novas normas. Não existe vilão ou mocinho. Seria maravilhoso, e o ideal se pudéssemos ficar trancados em casa aguardando a vacina chegar, que por sinal vai demorar para o brasileiro, né? Mas como pagamos nossas contas?", inicia o texto.
"Nós ficamos meses em casa, e mesmo agora, não saímos, não viajamos, não vamos a festas, bares, praia, mas precisamos sair para trabalhar. Todo o Brasil já voltou a trabalhar. Na realidade do nosso país, muitos nem puderam parar. Triste. E triste ver alguns destes sendo oprimidos em suas tentativas de continuidade ao trabalho", acrescentou.
"O setor do entretenimento voltou a ativa, e com novas regras também, novos formatos. Meu marido foi abençoado com o talento do canto. Ele é contratado para isso. Chega pela porta de trás nos locais de shows, vai direto ao camarim e entra no palco. Só em cima dele ele tem contato e a noção do público. Desde que foi liberado voltar aos shows, ele tem feito a parte dele. Cumpre as normas, testa sua equipe, verifica tudo pertinente a ele, e a sua equipe. E assim se espera que todas as outras partes também façam", discorreu.
A nota também ressaltou que Belo já teve Covid e convive com familiares do grupo de risco, "logo nosso cuidado é redobrado também para a nossa casa". "Mas torno a dizer: precisamos trabalhar, por nós, nossa família e várias famílias que dependem desse trabalho. Belo sempre atenta a todos, que só sairemos dessa pandemia e desses momentos ruins se todos nos unirmos e fizermos nossa parte".
"É importante que o público se cuide também. E se for em um show do meu marido, ou outro qualquer, denuncie para a casa ou artista, alguma irregularidade que o deixou em risco, seja com questões de saúde ou outras questões. Mas é isso. Respirar fundo, orar e ter paciência. Trabalhar com arte sempre foi matar um leão por dia... nos dias atuais e de pandemia, é matar mil leões a cada hora. Na verdade não só com arte né minha gente, nesse país tudo é difícil, até correr atrás do sustento de nossa família. Enfim obrigada a todas as mensagens de carinho", concluiu.
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