Publicado em 22/12/2020 às 07:06:00
A Globo irá reprisar o especial de Roberto Carlos em Jerusalém nesta terça-feira (22), logo após A Força do Querer (2017). Por conta da pandemia do novo coronavírus, o cantor pediu para a emissora não gravar um show inédito, a fim de preservar todos os profissionais que estariam envolvidos.
“Sugeri a TV Globo a não fazer meu especial este ano, pelo grande número de profissionais envolvidos e presentes nas gravações, fui atendido. Foi sugerido a exibição do show gravado em Jerusalém, que considerei uma boa solução. Minha parceria de mais de quatro décadas com a Globo, continua em perfeita harmonia”, relatou em nota divulgada para a imprensa.
Apesar da produção não ser inédita, há muitos segredos em torno de Roberto Carlos que o grande público ainda não sabe. O NaTelinha listou 10 fatos sobre o rei que são poucos comentados pelos seus fãs.
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Confira:
Roberto Carlos sempre foi uma figura carismática e tentou conquistar seu espaço. No fim da década de 1950, nos corredores da TV Tupi, ele abordou Carlos Imperial e revelou que era de Cachoeiro do Itapemirim (ES), mesma cidade onde nasceu o produtor. O cantor ainda declarou que imitava Elvis Presley e cantou a música Tutti Frutti, conquistando Carlos pelo resto da vida.
“Cheguei para o Carlos Imperial e disse: ‘Lá tem um cara chamado Roberto Côrte Real. Como ele é Real e você Imperial, quem sabe sai alguma coisa’ (risos). Basicamente, os responsáveis por esse começo foram três pessoas: o Chacrinha, que me levou para a Polydor, o Imperial, que me levou para a CBS, e o Côrte Real”, declarou o rei para o Super Abril.
Caetano Veloso era muito amigo de Roberto Carlos quando estavam começando a carreira. O baiano estava exilado desde 1969 e recebeu a visita do músico junto com a esposa Nice. O rei começou a cantar As Curvas da Estrada de Santos e o amigo não segurou o choro com saudades do Brasil.
O nariz de Caetano Veloso começou a escorrer e, como não havia lenço no local, ele enxugou as lágrimas e assoou o nariz na barra do vestido de Nice. “Roberto veio com Nice, sua primeira mulher, e nós sentimos nele a presença simbólica do Brasil”, contou Caetano ao voltar para o Brasil.
Roberto Carlos é cheio de mania e costumes, mas o que pouco sabem é que isso acontece desde pequeno. Filho mais novo da família, o cantor só largou a chupeta aos oito anos de idade. Porém, apesar de já ter confirmado publicamente a história, ele nunca se alongou no assunto.
Durante décadas, muitas cidades do Brasil contavam com horário de verão e isso deixava Roberto Carlos “reflexivo”. Durante muitos anos, ele comemorou o Réveillon apenas 1h e não à meia-noite. “Na verdade, à meia-noite do dia 31 no horário de verão ainda não é meia-noite, então eu comemoro a entrada do ano novo a uma hora da manhã”, já explicou o artista.
Contudo, desde que assumiu o Governo Federal, Jair Bolsonaro deu um ponto final no horário de verão. Isso significa que será o segundo ano consecutivo que Roberto vai comemorar a chegada do novo ano após à 0h.
Em 13 de fevereiro de 1968, fãs de Roberto Carlos entraram em pânico ao comparem o Notícias Populares e se depararem com a seguinte manchete: “Desapareceu Roberto Carlos”. A chamada da informação entrou para os títulos icônicos do antigo tablóide.
Toda essa confusão aconteceu depois que um repórter do periódico precisava de uma nota sobre o Rei. Ele ligou para um empresário e descobriu que o cantor viajou para Nova Iorque. O profissional explicou que não seria possível localizar o artista por causa da viagem internacional, surgindo a ideia do título.
Roberto Carlos sofreu um acidente aos seis anos de idade em sua cidade natal. Ele brincava com uma amiga, quando caiu em um trilho e foi atropelado por um trem, perdendo parte da perna direita. Durante muito tempo, usou muletas e, aos 15 anos, morando no Rio de Janeiro, ganhou a primeira prótese.
Mas o curioso deste fato é que a história só se tornou pública por causa do jornalista Carlos Lacerda (1914-1977). Ele foi inimigo mortal de Getúlio Vargas e, anos depois, foi cassado pela ditadura militar.
Em 2011, Roberto Carlos conversou com jornalistas ao divulgar sua turnê Emoções em Alto Mar. Ele admitiu que tinha medo da velhice e também fica preocupado em sofrer com calvície.
“Em primeiro lugar, tenho medo da calvície; em segundo, da velhice. O terceiro medo não vou contar, vocês imaginem o que quiserem. Deus me livre e guarde”, contou, aos risos. Mais uma das histórias diferenciadas do Rei.
Roberto Carlos é assumidamente torcedor do Vasco, mas há quem diga que ele tem um grande carinho pelo Palmeiras. “A questão do Roberto Carlos com o Palmeiras é da época da Jovem Guarda e foi influência da Nice, com quem ele se casou e teve dois filhos. O Roberto tinha acabado de chegar a São Paulo e adotou o Palmeiras como o seu segundo time”, afirmou Paulo Araújo.
Porém, há rumores que o cantor também já torceu para o Flamengo e Botafogo. “O Expresso da Vitória estava ganhando tudo naquele período e acabou fazendo vários vascaínos por todo o Brasil, inclusive o Roberto Carlos. Ele ainda era neto de um imigrante de Portugal, país historicamente ligado ao clube”, acrescentou o historiador para o Mesa Redonda.
Na década de 1980, Roberto Carlos queria gravar uma música que falasse um pouco da sua fé e espiritualidade e pediu a ajuda de Gilberto Gil. O baiano aceitou e compões a letra Se Eu Quiser Falar com Deus. O Rei sentiu que a poesia não tinha nada a ver com o que ele acreditava e a canção ficou eternizada por Gil.
Mas essa não foi a única vez que Roberto deixou de cantar uma música que ele não acreditava. Ele também não quis interpretar As Rosas Não Falam. “Quase gravei a música As Rosas Não Falam, do Cartola, mas não fiz justamente por achar que elas falam”, comentou.
Em 1966, de acordo com a publicação do jornal Notícias Populares da época, Roberto Carlos causou polêmica em todo país ao tomar uma atitude pra lá de inesperada. Após uma discussão na rua, o cantor pegou uma arma e deu dois tiros para o alto. Com seu jeito de “bom moço”, aquele comportamento surpreendeu os fãs.
Claro que Roberto precisou responder por porte ilegal de arma de fogo. Com a opinião pública dividida, o cantor conseguiu convencer a Justiça de que era inocente e acabou sendo absolvido.
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