Publicado em 08/11/2020 às 13:37:30
A cantora Vanusa morreu na madrugada deste domingo (8), aos 73 anos, por insuficiência respiratória. Musa da Jovem Guarda na década de 1960, ela estava na casa de repouso Barros Residência para Idosos, em Santos (SP), onde morava há mais de dois anos.
No início de outubro, Vanusa superou uma pneumonia após dois meses internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Complexo Hospitalar dos Estivadores. A artista também apresentava um quadro de demência e perda dos dentes.
Segundo informações divulgadas à imprensa pela assessoria de imprensa de Vanusa, o enfermeiro percebeu por volta das 5h30 que ela estava sem batimentos cardíacos. Imediatamente chamou a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento), que constatou insuficiência respiratória como a causa mortis.
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O último dia de vida de Vanusa foi feliz e tranquilo. No sábado (7), a cantora recebeu a visita de Amanda, sua filha mais velha. Cantou, brincou, riu e se alimentou bem. Nos últimos anos, Vanusa teve depressão e seu estado de saúde foi agravado pelo consumo em excesso de medicamentos tarja preta.
Seguindo os protocolos de saúde e distanciamento social, o corpo da cantora será velado pela família e amigos próximos no Funeral Arce Morumbi, em São Paulo, na segunda-feira (9). O sepultamento será às 16h, no Cemitério de Congonhas.
Vanusa Santos Flores nasceu em 22 de agosto de 1947, na cidade de Cruzeiro, estado de São Paulo, sendo criada nas cidades mineiras de Uberaba e Frutal. Aos 16 anos, tornou-se vocalista do conjunto Golden Lions. Em uma das apresentações, foi ouvida por Sidney Carvalho, da agência de propaganda Prosperi, Magaldi & Maia, que a convidou para ir a São Paulo.
Em 1966, durante os últimos anos do movimento cultural Jovem Guarda, apresentou-se no programa O Bom, de Eduardo Araújo, na extinta TV Excelsior de São Paulo. Logo, foi contratada pela RCA Victor e teve êxito com a canção Pra Nunca Mais Chorar, de Eduardo Araújo e Carlos Imperial. O sucesso a fez participar do programa Jovem Guarda, da TV Record, em suas duas últimas edições.
Em 1968, gravou seu primeiro álbum, estreando ainda como compositora em três canções, uma delas em parceria com David Miranda. Cinco anos depois, em seu quarto LP, já como contratada da gravadora Continental, lançou seu maior sucesso: Manhãs de Setembro, composta em parceria com Mário Campanha. Em 1975, lançou outro hit: Paralelas, uma composição de Belchior. Em 1977, protagonizou ao lado de Ronnie Von a telenovela Cinderela 77, da Rede Tupi.
Ao longo de sua carreira, gravou 23 discos e vendeu mais de três milhões de cópias. Representou o país em vários festivais internacionais e recebeu cerca de 200 prêmios. Por dois anos seguidos, foi eleita a Rainha da Televisão.
Em 1997, publicou sua autobiografia: Vanusa - A Vida Não Pode Ser Só Isso!, pela editora Saraiva. Em 2005, participou de vários concertos comemorativos aos 40 anos da Jovem Guarda.
Em 1999, depois de cinco anos sem gravar e apresentando-se apenas eventualmente, Vanusa estreou no Teatro Santa Catarina, em São Paulo, o musical Ninguém é Loira por Acaso, escrito e produzido pela jornalista e amiga Léa Penteado. No espetáculo autobiográfico, além dos seus sucessos ela estimulava mulheres a não abdicar dos seus sonhos. "Eu mesma estou realizando um, que é o de ser atriz", comentou Vanusa, na época. Ela também atuou em Hair, montagem de 1973, quando ouviu do diretor, Altair Lima (1936-2002), que nunca mais deveria deixar o teatro.
Em 2015, lançou seu primeiro álbum de canções inéditas em 20 anos: Vanusa Santos Flores, produzido por Zeca Baleiro. A cantora foi casada duas vezes: com o músico Antônio Marcos (1945-1992) com quem teve as filhas Amanda e Aretha, e com o ator e diretor de televisão Augusto César Vannucci, pai do seu filho Rafael Vannucci. Ela também deixa cinco netos.
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