Publicado em 16/07/2025 às 17:20:00
A aposentada Marise Teixeira de Araújo Amorim, 66 anos, que sempre primou por ter unhas bem-feitas e bonitas, pegou uma grave infeção no salão de beleza. Ela só queria estar bonita e como de costume foi ao salão de beleza para fazer as unhas, sem imaginar que aquele ritual rotineiro se transformaria em um grande sufoco. Em fevereiro deste ano, ela desenvolveu uma infecção grave no polegar direito que mudou sua vida. Já foram quatro cirurgias e inúmeras sessões de fitoterapia para que ela não tivesse o dedo amputado e o tratamento ainda está longe de acabar.
A aposentada conta que após algumas horas, depois de fazer as unhas, começou a sentir fortes dores no dedo e ao retirar o esmalte com acetona, sentiu um ardor e percebeu que havia um pequeno ferimento pois, segundo ela, a manicure durante o processo, descolou um pedaço da unha ao usar a lixa.
Com dor intensa, ela procurou ajuda médica e tomou antibióticos fortíssimos para conter a infecção. Mas não parou por aí: Marise precisou de enxertos retirados do dedão do pé para reconstruir parte da área afetada e enfrenta dificuldades para realizar tarefas simples, como escrever e segurar objetos.
Uma nova cirurgia está programada para o mês de agosto e a aposentada diz que ainda sente doires e que está sem alguns movimentos da mão.
Casos como esse, infelizmente, não são tão raros quanto se imagina. No Brasil, ir ao salão de beleza faz parte da rotina de milhões de pessoas. Mas os riscos por trás dos procedimentos simples ainda são subestimados. Fazer as unhas, cortar as cutículas, usar lixas ou alicates compartilhados pode abrir caminho para doenças sérias, desde hepatites B e C até infecções bacterianas graves.
A principal porta de entrada dessas doenças está no material utilizado. Alicates, espátulas, tesouras e até as toalhinhas são itens que precisam ser devidamente higienizados. E isso não significa apenas passar um algodão com álcool, mas sim esterilização completa em autoclave, equipamento que elimina vírus, fungos e bactérias a altas temperaturas.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, aproximadamente 72% dos salões de beleza no Brasil não seguem corretamente os protocolos de biossegurança. Isso significa que milhares de pessoas estão expostas a riscos invisíveis, muitas vezes mascarados pelo ambiente perfumado e colorido das esmaltarias.
Um dos erros mais comuns e perigosos é a remoção da cutícula. Muita gente acredita que "tirar bem tiradinho, no talo mesmo" é sinônimo de capricho, mas a cutícula é uma barreira natural contra agentes infecciosos. Quando ela é retirada de maneira agressiva, cria-se uma porta aberta para a entrada de micro-organismos.
Ferimentos pequenos, quase invisíveis que muitas vezes não sangram ou parecem inofensivos, podem se transformar em focos de bactérias como a Staphylococcus aureus, capaz de provocar infecções severas.
Tirar as cutículas é um hábito das mulheres brasileiras. Na Europa e nos EUA não é comum esse procedimento pois lá as manicures preferem tratar as cutículas do que tirá-las . Eu confesso: adoro uma unha sem cutícula, pois sinto que com elas, o trabalho não fica bem feito e a unha não fica tão bonita.
A especialista Dra. Debora Terra Cardial, dermatologista da Clínica Terra Cardial, lista quais perigos existem nos salões e quais cuidados devemos tomar.
1 - Tirar a cutícula é perigoso?
Sim, pode ser. A cutícula é uma barreira de proteção natural que impede a entrada de fungos, bactérias e vírus na matriz ungueal, ou seja, na região onde a unha é formada. Quando removemos essa estrutura, especialmente com instrumentos cortantes, aumentamos o risco de:
A recomendação é não retirar a cutícula. O ideal é apenas empurrá-la com cuidado após amolecê-la.
2- Quais doenças podem ser transmitidas na manicure?
Diversas doenças podem ser transmitidas no ambiente da manicure, principalmente quando há uso compartilhado de materiais sem esterilização adequada. As mais comuns incluem:
3 - O que devemos observar nos cuidados de assepsia nos salões em relação ao alicate, palito, lixa, espátula e esmaltes?
O controle de infecções depende da higiene rigorosa dos instrumentos:
4 - Quais doenças podem ser transmitidas por lixa de unha e esmaltes? Ou apenas pelo alicate?
Todas essas ferramentas podem ser veículos de transmissão, dependendo do tipo de contato e da higienização. Veja:
5 - A senhora gostaria de deixar alguma recomendação final?
Sim. Sempre que possível, oriento minhas pacientes a levarem seu próprio kit de manicure, incluindo alicate, lixa, espátula e esmalte. Essa é uma maneira simples e eficaz de evitar contaminações.
Prestar atenção se o salão de beleza realmente desinfeta os alicates e objetos cortantes com autoclave.
Além disso, sinais como vermelhidão, dor, inchaço ou alteração na coloração das unhas após a manicure devem ser avaliados por um médico dermatologista. Cuidar da beleza das unhas é importante, mas a saúde deve sempre vir em primeiro lugar.
Muitas vezes, atrasar a consulta médica pode gerar danos irreversíveis as unhas e no organismo.
6- Quais são os principais cuidados que devemos ter ao fazer as unhas na manicure?
Fazer as unhas deve ser um momento de cuidado estético sem riscos à saúde. Para isso, alguns cuidados são essenciais:
Fique atenta, cuide-se e, principalmente, exija respeito ao seu corpo. Porque prevenir é mais bonito do que remediar.
O alerta que fica: beleza não pode ser questão de vida ou morte. Estética e saúde devem andar juntas, sempre. Afinal, nenhuma unha bem-feita vale o risco de uma infecção grave.
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