Saúde

Câncer de pele é o tipo mais comum no Brasil e atinge mais de 220 mil pessoas por ano

Ex-presidente Jair Bolsonaro foi diagnosticado com a doença


Câncer de pele é o tipo mais comum no Brasil e atinge mais de 220 mil pessoas por ano
Jair Bolsonaro foi diagnosticado com câncer de pele

O câncer de pele é hoje o tumor maligno mais frequente no Brasil, responsável por cerca de 30% de todos os diagnósticos oncológicos no país, segundo dados oficiais do Instituto Nacional de Câncer (INCA).  O ex-presidente Jair Bolsonaro foi diagnosticado com a doença e acendeu um grande alerta: é preciso cuidado com a pele.

Dr. Caetano da Silva Cardial, oncologista da clínica Terra Cardial, explica que "o tumor maligno mais comum que atinge o ser humano é o tumor de pele, tanto que, nas estatísticas de câncer, a gente sempre exclui a incidência do tumor de pele. Nós temos três tipos basicamente de tumor de pele: o carcinoma baso-celular, o carcinoma espino-celular e o melanoma maligno".

O melanoma maligno é o tumor mais agressivo de pele, é uma forma de câncer agressiva que pode se espalhar para outros locais com muita frequência.

Já os carcinomas baso-celular e espino-celular espalham mais raramente e causam metástase com menor frequência.

O carcinoma espino-celular tem como fatores de risco a exposição solar crônica sem proteção, ou seja, a pessoa toma muito sol durante a vida e não usa protetor solar, ou ainda utiliza de câmeras de bronzeamento artificial, o que também é muito ruim para a pele em termos de risco de câncer.

As câmaras de bronzeamento artificial são proibidas no Brasil justamente por aumentarem em até 75% o risco de melanoma em jovens. Trabalhadores que ficam ao ar livre sem proteção adequada têm risco até 60% maior de desenvolver a doença.

Pessoas de pele clara, olhos claros, loiras ou ruivas têm maior sensibilidade à exposição solar e desenvolvem tumores de pele mais frequentemente. Além disso, algumas doenças que enfraquecem o sistema imunológico e a idade avançada aumentam as chances de surgimento de tumores de pele.

Embora o risco seja maior entre pessoas de pele clara, todos os tons de pele podem ser afetados. Em pessoas negras, por exemplo, o melanoma costuma aparecer em áreas como palmas das mãos e plantas dos pés.

Na grande maioria das pessoas, vamos encontrar o carcinoma baso-celular ou o carcinoma espino-celular. O carcinoma espino-celular na sua forma in situ é a forma mais inicial da doença, não ocorre invasão em profundidade, ficando restrito às camadas superficiais da pele, diz Dr. Caetano Cardeal.

O melhor tratamento para o carcinoma espino-celular in situ, o carcinoma espino-celular invasivo e o carcinoma baso-celular é o tratamento cirúrgico. É preciso remover toda a lesão, o que garante uma alta taxa de cura. Isso significa que a lesão removida não reaparece no mesmo lugar e não causa mais sintomas para o paciente. Dependendo da profundidade da doença, também pode ser feita ablação ou vaporização do tumor, com laser ou crioterapia. Mas a remoção cirúrgica é mais segura, pois permite confirmar que toda a lesão foi retirada e que as margens estão livres. Já em terapias como crioterapia ou laser, não há certeza sobre as margens e se a profundidade foi suficiente para destruir todo o tumor, pontua o médico.

 “O problema do carcinoma espino-celular ou mesmo do basocelular, principalmente em pacientes idosos, é o efeito cumulativo da exposição solar sem proteção durante a vida. Embora o tumor seja tratado no local, a pele do paciente já está fragilizada e podem aparecer lesões em outras regiões. Por isso, pacientes com tumor de pele precisam de acompanhamento frequente para monitorar outras partes do corpo e identificar precocemente novas lesões”, finaliza o Dr. Cardeal

É o que acontece com Jair Bolsonaro que tem o carcinoma de células escamosas, o tipo mais comum de câncer de pele.

O carcinoma espino-celular é o mesmo que carcinoma de células escamosas. Ambos os termos referem-se a um tipo de câncer de pele que se origina nas células escamosas da camada mais externa da pele, a epiderme. 

Segundo o médico Claudio Birolini, responsável pelo acompanhamento e Bolsonaro, as manchas já foram removidas e não há necessidade de novos procedimentos. Bolsonaro deverá ter acompanhamento médico e não haverá a necessidade de quimioterapia.

Prevenção é a melhor arma

A boa notícia é que, quando diagnosticado precocemente, o câncer de pele tem taxa de cura superior a 90%. Por isso, a recomendação é clara:

  • Usar protetor solar diariamente, inclusive em dias nublados.

  • Evitar exposição direta ao sol entre 10h e 16h.

  • Apostar em roupas com proteção UV, bonés e óculos escuros certificados.

  • Observar a própria pele com frequência e procurar um dermatologista ao notar qualquer mancha ou pinta suspeita.

Uma regra simples ajuda: o ABCDE da pele:

Assimetria, Bordas irregulares, Cor variável, Diâmetro maior que 6 mm e Evolução da lesão. Se algo mudar, é hora de acender o alerta.

Buscar orientação médica é sempre a melhor solução quando a gente observa qualquer alteração na pele. mesmo que pareça uma pequena alteração. Esse ato pode salvar sua vida!

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