Opinião

Belo momento da TV, primeira fase de Renascer revelou grandes talentos

Novatos em novelas foram uma grata surpresa nas duas primeiras semanas

Evaldo Macarrão (Jupará), Adanilo (Deocleciano), Uiliana Lima (Morena), Belize Pombal (Quitéria) e mais: estreantes em novelas roubaram a cena na primeira fase de Renascer - Fotos: Divulgação/Globo
Por Walter Felix

Publicado em 05/02/2024 às 13:39:00

Um dos melhores momentos da teledramaturgia brasileira em anos, a primeira fase de Renascer chega ao fim nesta segunda-feira (5). O prólogo contado em 13 capítulos apresentou um raro encontro de texto, direção e elenco, todos em estado de graça. Os novatos foram a grande surpresa.

A grande promessa, Duda Santos, de fato se cumpriu. Com apenas Malhação: Toda Forma de Amar (2019) e Travessia (2022) no currículo de novelas, a jovem atriz soube empregar encanto, doçura, ingenuidade e pureza que Maria Santa lhe exigia. Essa vai longe.

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Foram especialmente tocantes as cenas de Santinha com a mãe, Quitéria, defendida com segurança por Belize Pombal. Veterana do teatro, a atriz teve seu primeiro papel em novelas e mostrou grande potencial dramático. Será vista em breve na segunda temporada da série Justiça, do Globoplay.

Outra das sequências mais emocionantes foi aquela em que o filho de Deocleciano e Morena morre após o parto. Com muito carisma, os intérpretes, Adanilo e Uiliana Lima, não precisaram de muitas cenas para cativar a audiência com seus personagens.

Adanilo, aliás, formou um trio de muita química com Humberto Carrão, intérprete do protagonista José Inocêncio, e com Evaldo Macarrão, o Jupará. Este, com um excelente timing de comédia, garantiu algumas das cenas mais engraçadas das primeiras semanas.

Primeira fase de Renascer também consagrou veteranos

O time dos veteranos, é claro, também deu show. O anti-herói José Inocêncio, errante, imperfeito e, por isso, tão real e envolvente, garantiu a Humberto Carrão seu melhor momento na TV. O mesmo vale para Edvana Carvalho, que continuará com sua adorável Inácia na segunda fase.

Juliana Paes brilhou, como é de seu costume, em todos os momentos de Jacutinga. Dela, as melhores cenas foram com Maria Santa, quando a cafetina fala sobre ser mulher, com discursos atemporais que não constavam na primeira versão da novela, exibida em 1993.

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Também ótimas composições de Antônio Calloni e Enrique Diaz, os vilões Belarmino e Firmino. A sequência com a morte dos dois foi outro momento inspirado, mérito também do texto afiado de Benedito Ruy Barbosa e Bruno Luperi e da direção certeira de Gustavo Fernandez.

Para que não se cometa qualquer injustiça, ainda é preciso destacar os trabalhos de Matheus Nachtergaele (Norberto, e sua criativa quebra da quarta parede, como se o telespectador fosse freguês de seu bar), Chico Diaz (Padre Santo), Fábio Lago (Venâncio), Quitéria Kelly (Nena) e Maria Fernanda Cândido (Cândida).

Assista à abertura de Renascer:

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