Entrevista exclusiva

Sidney Rezende revela seu lado B secreto e diz que sair da CNN Brasil “foi um choque”

Âncora foi um dos criadores da CBN e trabalhou na GloboNews por quase 20 anos

Sidney Rezende trabalhou na CNN Brasil até dezembro de 2022 - Foto: Reprodução
Por Sandro Nascimento

Publicado em 31/12/2023 às 06:12:40,
atualizado em 31/12/2023 às 12:33:56

O telespectador acostumado com o jeito mais sério do âncora Sidney Rezende, 65, na TV não imagina que ele é um grande fã do carnaval. Ao NaTelinha, o jornalista classifica sua paixão como um lado B secreto, mas deixa claro que não tem uma escola de samba para torcer. Há cerca de um ano longe das telas, após deixar a CNN Brasil, Sidney conta que a demissão foi um choque e traumática.

“Vivenciar a interrupção das atividades da Redação do Rio foi um choque. Algo bem traumático. A montagem editorial ainda estava em andamento. Jamais poderia imaginar que eu seria desligado, assim como a demissão dos meus colegas”, explicou Sidney Rezende em entrevista exclusiva.

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Em dezembro de 2022, cerca de 120 profissionais foram demitidos da CNN Brasil. Com os cortes, o canal encerrou sua operação no Rio de Janeiro e ficou operando somente em São Paulo e Brasília. Na ocasião, além de Sidney Rezende, Monalisa Perrone, Glória Vanique, Marcela Rahal, entre outros, também perderam seus empregos. De acordo com a emissora, os cortes foram motivados por redução de custos.

Mesmo com diversos de seus comentários na CNN Brasil sendo viralizados na internet e tendo repercussão, Sidney Rezende não foi poupado dos cortes.

“O lamento do público seguido de carinho e aconchego foram bálsamos para os nossos corações. Fazíamos ali um bom trabalho. Faltou tato da direção de São Paulo em compreender a importância de ter um posto avançado forte tanto no Rio como em Brasília”.

Sidney Rezende

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O lado B de Sidney Rezende

Fora da TV, Sidney Rezende, que é um dos criadores da rádio CBN e trabalhou na GloboNews por quase 20 anos, se dedica ao site com seu nome, o SRzd, e percorre o Brasil fazendo palestras e treinamentos de mídia. Ele também é colunista do Jornal O Dia sobre política, uma das mais lidas sobre o tema no Rio de Janeiro, e apresenta o programa De Olho no Câmbio, que é uma produção da Remessa Online, plataforma digital de transferências internacionais.

O telespectador está acostumado ao seu modo mais sério nos telejornais e lhe confere grande credibilidade no jornalismo, mas Sidney possui uma outra paixão que considera seu lado B: o Carnaval.

“Âncora no rádio e na TV, sempre transitando nas áreas de política e economia, quem poderia imaginar que eu participaria anualmente da cobertura de Carnaval, não é mesmo? E isto já se repete há 17 anos. Vocês do Na Telinha descobrem tudo! Ainda na Globo eu pedi que me dessem uma oportunidade de ter um blog em qualquer plataforma da casa. Como isto não foi possível, eu propus criar o meu próprio espaço. Perguntei para a direção: 'Se eu fizesse um blog dentro de um site fora da Globo, vocês autorizam?'. Eles autorizaram. E durante anos eu fui o único profissional do Grupo Globo a ter um site - e depois um portal”.

Sidney Rezende

Sidney Rezende conta que o primeiro projeto do SRzd foi cobrir o futebol da segunda divisão. “Os clubes marginalizados da grande mídia. Uma sacada”, analisa.

“Deu tão certo que pensamos: ‘e se produzirmos notícias do Carnaval todos os dias do ano, será que dá certo?’. E deu. O SRzd foi o primeiro site da história da internet brasileira a noticiar rigorosamente todos os dias do ano informações sobre o Carnaval do Rio e São Paulo. O meu lado "B", secreto. Estas coisas parecem caprichos do destino".

Sidney Rezende

Ele relembra que apresentou, ao lado de Ricardo Bueno, o primeiro programa jornalístico da rádio Brasileiro, Panorama Brasil. “Fui a primeira voz da  primeira rádio All News, CBN. A estrutura dirigida por Jorge Guilherme Pontes foi criada por Marco Antônio Monteiro, Ramiro Alves e eu. E na TV cheguei no primeiro ano da Globonews. Projetos pioneiros me perseguem”, diz.

Sidney Rezende não tem escola de samba preferida

Quando perguntado se torce para alguma escola de samba, o jornalista nega e esclarece: “No futebol eu torço para o Bangu, mas no Carnaval eu não tenho uma escola do coração. Eu considero, como todo mundo, o desfile um espetáculo fabuloso e todos se esforçam para surpreender. Isto para mim é a beleza do todo. Superação”.

"Não me considero "sisudo", mas reconheço que os editores acabam dirigindo para mim as notícias mais duras, espinhosas. Não dá para rir de tragédia. Mas na CNN o bom humor foi a marca das nossas apresentações. Lembro do sucesso do "lencinho" na lapela do paletó? Sempre é hora de ser mais simpático, mas, sim, o samba e o Carnaval não parecem combinar com um jornalista de política e economia. Mas tem espaço para tudo, para ser sério e para ser só diversão".

Sidney Rezende

Sobre os palpites para o vencedor do carnaval 2024 no Rio de Janeiro, Sidney Rezende não se arrisca e concluiu: “O samba no pé e o estado de espírito dos componentes fazem a diferença. Acontece algo mágico quando a escola pisa na Avenida e interage com o público. A sinergia é que faz a campeã”.

 



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