Publicado em 07/09/2016 às 08:55:46
A Globo voltou a dominar o mercado de blockbusters dos Estados Unidos aqui no Brasil.
Na semana passada, a emissora anunciou um acordo com a Warner, o que lhe dá direito de exibir os maiores sucessos recentes da produtora, como "O Homem de Aço", "Batman vs Superman: A Origem da Justiça", dentre outros títulos que estão por vir.
Além da Warner, a Globo mantém parceria também com a Walt Disney, Fox, Sony/Columbia, DreamWorks, MGM e Paramount. Dos grandes estúdios, apenas a Universal tem contrato com outra emissora, a Record, desde 2004.
A Warner estava dando sopa no mercado há três anos, desde que Silvio Santos não renovou o acordo do SBT com a produtora, argumentando que estaria jogando dinheiro fora. Afinal, hoje há outros meios de se obter lançamentos recentes de forma mais acessível.
Para assistir um grande filme, não é mais necessário sua exibição na TV aberta como em outros tempos. Cada filme leva em média três anos para chegar do cinema à TV. É a chamada "janela", embora esse tempo venha diminuindo gradativamente.
Década de 90
Até 20 anos atrás, o cenário era parecido: a Globo detinha acordo com grande parte das produtoras internacionais. E o SBT começava a atacar a emissora carioca nesse quesito.
Em março de 1997, Silvio Santos anunciou um acordo exclusivo com os estúdios Disney para exibir filmes, séries e desenhos da produtora pela bagatela de US$ 10 milhões.
Disney e Warner faziam parte dos "ases" do SBT no começo dos anos 2000
Nesta altura, o sonho de Ricky Medeiros, braço direito de Silvio Santos naquela época, já era tirar a Warner da Globo, conforme ele confidenciou numa entrevista recente ao NaTelinha.
Três anos mais tarde, de fato, ele conseguiu, e o SBT enriqueceu seu acervo, fazendo da consagrada "Tela de Sucessos" uma de suas grandes armas da linha de shows.
Em 2000, para abrigar a quantidade de filmes com potencial de audiência, o SBT criou o "Cine Espetacular", que perdura até os dias de hoje, sem o mesmo peso, é claro. O canal de Silvio Santos vem exibindo apenas manjadas reprises.
Primeiro logotipo do "Cine Espetacular", em 2000
No ano de 2002, a Globo tinha sofrido outro baque: a perda da MGM e Paramount. A primeira, por mero capricho de Silvio Santos, que é fã do agente 007.
Apenas no final de 2004 é que a Globo tirou a Disney do SBT e de lá para cá, os filmes foram perdendo força na TV aberta.
A volta do "monopólio"
Com SBT e Record apostando em outros tipos de investimentos, e deixando de lado um filão que já foi tão disputado como os filmes, sobrou para a Globo, de bandeja, ficar com o que há de melhor no cinema.
Sessão é a principal da Globo desde 1988 e será reforçada pela Warner
Agora, ela poderá reforçar sua "Tela Quente" e sobretudo, a "Sessão da Tarde", que precisa realmente de um "up". E o catálogo da Warner é bastante rico. Além disso, ela já se gaba de ser "a casa dos super-heróis".
Tendências
É claro que os grandes sucessos do cinema, por melhor que sejam, não darão a mesma audiência de 10 ou 15 anos atrás.
Apesar disso, a "Tela Quente", quando exibida após a novela das nove, é por vezes o programa mais assistido da linha de shows da Globo. Dar mais de 20 pontos até quase uma hora da manhã, é coisa que nenhuma outra atração consegue.
Os principais filmes de super-heróis estão na tela da Globo
O SBT, já sem grandes acordos, verá suas principais sessões de cinema serem sucateadas, como vêm acontecendo há algum tempo. E não estranhem caso a emissora extingua uma delas do horário nobre.
Aquela briga de final de ano para ver quem fechava o melhor contrato com as produtoras, definitivamente, terminou. E faz tempo.
Hoje, elas brigam para ver quem não fecha esses contratos milionários.
Thiago Forato é jornalista, escreve sobre televisão há 11 anos e assina a coluna Enfoque NT há cinco, além de matérias e reportagens especiais no NaTelinha. Converse com ele: thiagoforato@natelinha.com.br | Twitter: @tforatto
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