Publicado em 20/07/2015 às 10:17:58
Estreou neste domingo (19) o novo programa de games ou humorístico da Globo, como ela mesma fez questão de brincar nas chamadas, o “Tomara que Caia”, que tem grande elenco, com Daniela Valente, Priscila Fantin, Fabiana Karla, Marcelo Serrado, Ricardo Tozzi, Eri Johnson, Heloisa Perissé e Nando Cunha.
Porém, os atores não foram capazes de esboçar um riso sequer na maioria dos telespectadores. É muito válido destacar que o formato é uma criação da Globo, não sendo importado de lugar nenhum, como virou praxe na TV brasileira. Mas de que tudo isso adianta?
A premissa de um programa de humor é exatamente fazer rir. Se ele não alcança isso, é porque não conseguiu chegar ao seu objetivo, e há algum tempo a emissora não acerta um bom produto do gênero.
“Tomara que Caia” apresenta uma série de improvisos e “trolladas” com cartões específicos a princípio confusos e tem como grande trunfo essa coisa de não saber o que vai acontecer de quem vai ditar o ritmo da história e da piada, que é o telespectador. Mas o poder maior de quem assiste, na realidade, é mudar de canal.
Com um texto pobre, sem graça e até colocando os atores em situações constrangedoras, o “Tomara que Caia” tem tudo para ser o novo alvo fácil de Silvio Santos nos fins das noites de domingo, embora tenha liderado na estreia.
Enquanto no jornalismo ou na área de dramaturgia a Globo dá show, o mesmo não pode se dizer no que tange ao humor. Até mesmo “A Grande Família”, produto que terminou no ano passado, já não empolgava tanto como nas primeiras temporadas e deu adeus no momento certo.
Um exemplo recente do humor onde houve muito investimento e foi uma experiência fracassada atende pelo nome de “Divertics”. Um orçamento milionário, elenco estelar, mas também foi um programa onde a graça passou longe, e o “Tomara que Caia”, se não for acertado, tende a seguir pelo mesmo caminho. Sem deixar saudades.
Quem deu uma oxigenada nos últimos tempos foi o “Tá no Ar: A TV na TV”, ditando tendências em até outros programas da casa como o “Zorra”, que foi reformulado, lipoaspirado e recauchutado, como dizia antes da estreia. Um bom primeiro programa que não teve uma sequência regular e as críticas novamente recaíram sobre a nova versão do humorístico, que permaneceu sem fazer o telespectador achar graça.
A estreia do “Tomara que Caia” contou com o nervosismo normal dos atores. Afinal, é um primeiro episódio ao vivo diante de uma plateia enorme e a responsabilidade de se sobressair num horário que a emissora vem enfrentando problemas desde que Silvio Santos estende seu programa até a meia-noite.
A ideia, bem verdade, como ressaltado, é original, mas de nada adiantará tanta originalidade de criação se a ideia de um programa humorístico é simplesmente fazer rir. Não colou.
Thiago Forato é jornalista, escreve sobre televisão há dez anos e assina a coluna Enfoque NT há quatro, além de matérias e reportagens especiais no NaTelinha. Converse com ele: thiagoforato@natelinha.com.br | Twitter e Instagram: @tforatto Vilã não morreu Mulheres de Areia: Isaura tem reencontro emocionante com Raquel Estreou na TV aos 7 Lembra dele? Ex-ator mirim, Matheus Costa virou galã e bomba na web Em baixa Análise Opinião Coluna Especial Exclusivo Exclusivo Opinião Opinião Exclusivo Briga boa Opinião Opinião Coluna do Sandro Opinião Aos fatos Coluna do Sandro Opinião Opinião Exclusivo Opinião