Segunda temporada de "O Negócio" reafirma alta qualidade de seu roteiro

Finalmente, este colunista teve tempo para assistir e escrever um review sobre o primeiro episódio da segunda temporada de "O Negócio", produção da HBO que é bastante elogiada pelo público (e muito querida por este cidadão antenado).

Produção da Mixer em parceria com o canal respeitado em todo o mundo, a série protagonizada por Rafaella Mandelli, Juliana Schalch e Michelle Batista, pelo menos pra mim, já tinha em sua primeira temporada um dos melhores roteiros já feitos para a televisão nos últimos dez anos. Falar de prostituição é tabu no Brasil. Já é uma ousadia por si só falar do tema. Criar uma história onde três moças colocam marketing na profissão mais antiga do mundo, é ainda mais ousado.

Mas vamos ao que interessa: na estreia da nova leva de episódios, me chama a atenção, mais uma vez, o roteiro: a sacada de fazer as meninas serem pirateadas foi espetacular. Afinal, tudo que faz sucesso, é copiado ou pirateado.

Percebo também uma humanização das protagonistas Karin, Luna e Magali. Nesta temporada, noto que a vida real das profissionais vai estar mais em foco. Com isso, "O Negócio" poderá transitar pelo drama pessoal, com diálogos pontuais e certeiros.

Já entre os atores, seria injusto de minha parte falar apenas de um, quando um elenco inteiro está bem afiado. Porém, Juliana Schalch, Guilherme Weber, que atua como o cafetão Ariel, e Rafaella Mandelli são os destaques. Menção honrosa para Michelle Batista, que também consegue mostrar com segurança, uma Magali despreocupada, mas que se importa com os problemas ao seu redor.

De novo, destaco o trabalho dos roteiristas Fábio Danesi e Camila Raffanti, que conseguem segurar o telespectador.

"O Negócio" não tem nada de inovador, mas tem situações bem amarradas, que surpreendem. Como disse lá em cima, o seriado é bem ousado. Em todos os sentidos.

Programa: "O Negócio"
Emissora: HBO
Horário: Domingos, 21h
Avaliação (de 0 a 10): 9,0

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