Publicado em 12/03/2014 às 17:44:23
O Carnaval já é página virada em um ano repleto de grandes eventos. Os dias de folia, pelo menos na televisão, não deixaram saudades em nenhum folião.
A transmissão dos desfiles das escolas de samba precisa de melhorias. Embora no Rio de Janeiro, com Luiz Roberto, Fátima Bernardes e Tiago Leifert, a Globo tenha atingido um nível mais equilibrado entre as intervenções dos comentaristas e o samba na avenida, em São Paulo a cobertura não é mais do que um talk show tendo o desfile como pano de fundo. Em ambas, ouve-se mais o falatório, nem sempre relevante, e menos o samba-enredo.
O grande problema, porém, é a falta de programação voltada à valorização do principal produto que, imagina-se, seja o desfile. Ou a festa dos trios elétricos, para as emissoras que se voltam à festa no Nordeste. À parte dos trios elétricos e do sambódromo, não se vê confete e serpentina em nenhum outro programa. Nem uma espécie de preparação carnavalesca nas semanas que antecedem a data.
Os saudosos certamente se recordam da Rede Manchete, que fazia do Carnaval um de seus pontos altos anuais. Fazia o "esquenta", reunia os sambistas, e transmitia desde os concursos de fantasias até os bailes de salão.
Talvez aí esteja a razão da mesmice que tem acometido o Carnaval na televisão: a falta de concorrência na sua cobertura.
Por falar em concorrência...
A briga por audiência no fim de noite se acirrou com a estreia do "The Noite", de Danilo Gentili, no SBT, e a volta do reformulado "Agora é Tarde", na Band, sob o comando de Rafinha Bastos. A emissora de Silvio Santos, por enquanto, saiu na frente: recebeu um programa praticamente pronto, já conhecido do público, e bem avaliado pelos anunciantes.
O mais importante, porém, foi o "The Noite" ter conseguido agregar os antigos telespectadores da emissora anterior, que mudaram de canal, para acompanhar o novo talk-show, e a eles acrescentou a audiência cativa do SBT. Vilã não morreu Mulheres de Areia: Isaura tem reencontro emocionante com Raquel Estreou na TV aos 7 Lembra dele? Ex-ator mirim, Matheus Costa virou galã e bomba na web Análise Exclusivo Exclusivo Nenê Bonet Opinião Coluna do Sandro Análise Análise Opinião Análise Exclusivo Opinião Opinião Opinião Opinião Coluna do Sandro Exclusivo Crítica Exclusivo Análise
Curiosamente, quando Jô Soares se transferiu da Globo para o SBT, no longínquo 1987, tanto o humorista quanto Silvio Santos esperavam a migração da plateia do antigo "Viva o Gordo" para o novo "Viva o Gordo". A Globo segurou seu Ibope lançando a sessão de filmes "Tela Quente", deixando Jô com a "liderança absoluta do segundo lugar", como a publicidade do SBT passou a destacar na época. Silvio se irritou e questionou em seu programa a medição de audiência.
Desta vez, o Patrão não terá do que reclamar.