Publicado em 22/05/2013 às 09:04:50
Quando a Record resolveu investir pra valer em teledramaturgia, percebeu que um bom – e talvez o único – caminho era tentar fazer folhetins com a mesma qualidade da TV Globo. Então, investiram o mesmo ou muitas vezes até mais que sua concorrente. Chegaram no ringue pra valer, pra lutar e ganhar a briga.
Funcionários de todas as áreas foram contratados. A emissora até conseguiu exibir produtos de qualidade e o público, claro, correspondeu – o último capítulo de “Vidas Opostas” chegou a 29 pontos de audiência, índices parecidos com os de uma novela das 19h da Globo.
Mas o tempo passou e, talvez por causa da prepotência em excesso de seus executivos, a emissora acumulou equívocos consecutivos em suas tramas: produções com mais de 250 capítulos, continuações de “sagas”, salários exorbitantes para atores medianos, histórias que deixaram de atrair o público, como “Ribeirão do Tempo”, por exemplo, e diversos outros, que precisariam de um livro para serem totalmente citados.
Numa medida emergencial, surgiu a ideia de produzir “Dona Xepa”, sem grande investimento, com autor novo, elenco enxuto, história simples, com somente 90 capítulos, mas com o mesmo potencial de uma mega produção como “Máscaras” ou “Balacobaco”.
E o folhetim de Gustavo Reiz estreou dentro dessa atmosfera nesta terça-feira (21). De cara, deu para perceber que não é um produto com grandes perspectivas. Não que isso signifique que não possa dar certo ou que não tenha qualidade. Pelo contrário. O primeiro capítulo mostrou que “Dona Xepa” pode servir como um belo trampolim para que a Record volte a ter altos índices no Ibope com suas novelas.
Xepa (Ângela Leal), Matilde (Bia Montez) e Dorivaldo (Bemvindo Sequeira) prometem tirar boas risadas do público enquanto estiverem na feira. As histórias de Xepa e seus filhos, o bom rapaz Édison (Arthur Aguiar) e a vilã Rosália (Thais Fersoza), tem a missão de envolver o público principalmente por conta do amor incondicional que a feirante mostrará ter para com eles.
O núcleo de Isabela (Gabriela Durlo) e Vitor Hugo (Marcio Kieling) também se mostrou interessante nesse primeiro momento – o telespectador gosta desse tipo de romance.
Mas o que chamou atenção mesmo foi o texto simples, mas consistente, do estreante em novelas Gustavo Reiz, diferente da grande maioria das tramas da Record, onde imperam os clichês e a falta de verossimilhança dos diálogos – e isso, acredite, tem o poder de afastar o público.
Então, fica aqui o elogio para a bem feita “Dona Xepa”. A nova produção é certamente o passo pra trás que a emissora precisa para dar o impulso e voltar ao patamar de 15 pontos de audiência com suas novelas.
Carlos Lombardi, que virá a seguir com “Pecado Mortal”, que terá ares de superprodução, lembrando as novelas que fizeram sucesso na Record, será certamente o impulso que o canal precisa.
Mas o passo pra trás é importante.
Comente o texto no final da página. E converse com o colunista: brenocunha@natelinha.com.br / Twitter @cunhabreno
Vilã não morreu
Mulheres de Areia: Isaura tem reencontro emocionante com Raquel
Estreou na TV aos 7
Lembra dele? Ex-ator mirim, Matheus Costa virou galã e bomba na web
Opinião
Catástrofe ambiental
Opinião
Opinião
Exclusivo
Opinião
Opinião
Opinião
Exclusivo
Opinião
Opinião
Quem será Maria de Fátima?
Silvio Cerceau
Em baixa
Análise
Opinião
Coluna Especial
Exclusivo
Exclusivo
Opinião