Publicado em 07/01/2013 às 14:59:11
A Record começou a exibir neste domingo (06), no lugar do “Tudo é Possível”, o “Tudo a Ver”, que supostamente seria apresentado por Tina Roma. O que se viu, na verdade, foi uma faixa horária abandonada, com vídeos da internet mostrados como se fossem novidade e pegadinhas batidas. O que não se viu, evidenciando um total absurdo, que apesar disso não chega a ser exatamente uma novidade, foi a apresentadora.
Tina Roma não chegou a aparecer um segundo sequer na tela do programa. Se não fosse trágico, seria engraçado. A verdade nessa história toda é que a Record não se preparou para o fim do “Tudo é Possível” e jogou em seu lugar qualquer coisa, porcaria. Uma emissora que mexe em sua grade dessa forma, sem planejamento ou preocupação alguma com o público, não pode estar preparada para ser primeiro lugar de audiência. Nem segundo nem terceiro. Não seria justo também com quem leva televisão a sério.
Mas não foi só esse fato que chamou atenção. Apesar de tudo, a atração sem apresentadora conseguiu ser vice-líder no ranking do Ibope, de acordo com dados consolidados da Grande SP, empatando com o SBT em 5 pontos.
Esses números podem revelar muita coisa. Primeiro que o SBT ainda só não se consolidou na vice-liderança de audiência no país por incompetência própria. Artifícios para isso a Record não cansa de dar. Fatos assim só comprovam que qualquer emissora com um projeto sério, investimento, planejamento e, principalmente, respeito com o público, o seu mais precioso bem, conseguirá espaço.
Segundo que esse mesmo público precisa aprender a não aceitar qualquer coisa, como se prestar um bom serviço não fosse obrigação dos canais. Deixar o “Tudo a Ver” na vice-liderança é abrir pressuposto para que emissoras como a Record se preocupem cada vez menos em oferecer material de qualidade.
A Record tem um bom casting de artistas e todos os recursos possíveis para colocar no lugar do “Tudo é Possível” um conteúdo de verdade, que enriqueça ou, ao menos, divirta o telespectador. Falta, então, vontade ou experiência de quem está no poder.
Talvez seja esse o motivo do canal jamais ter encontrado o tal caminho da liderança, que tanto grita por aí.
Breno Cunha escreve sobre mídia e televisão há quatro anos e sempre foi conhecido por grandes discussões provocadas por suas críticas. No NaTelinha não é diferente. Converse com ele: brenocunha@natelinha.com.br / Twitter @cunhabreno
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