Publicado em 27/03/2012 às 12:30:00
A Globo estreou na noite da última segunda-feira (26) "Avenida Brasil". A novela é de autoria de João Emanuel Carneiro, que está em seu segundo trabalho na faixa das 21h após a experiência bem sucedida de "A Favorita", em 2008.
Ao término do primeiro capítulo, o telespectador já pode ter a sensação de que acompanha o folhetim de tempos. A agilidade e o dinamismo, somados a uma produção caprichada - e um tanto duvidosa em alguns momentos - foram os principais pontos a serem destacados.
"Avenida Brasil" se mostrou bastante ágil no decorrer do seu capítulo de estreia. Genésio, personagem de Tony Ramos, passou por diversas situações - entre elas desmascarar Carminha, de Adriana Esteves, a até ser atropelado por Tufão, papel de Murilo Benício. Tudo isso em menos de 90 minutos de novela.
A produção também se mostrou bem diferente da antecessora "Fina Estampa". "Avenida Brasil" busca um lado mais sombrio e soturno, diferente da antecessora, que era solar, viva e com uma fotografia cheia de cores. Vale lembrar que o estilo carioca e os itens citados acima foram alguns dos motivos que fizeram "Fina Estampa" ser o sucesso que foi e "Avenida Brasil" pode trilhar por um caminho arriscado caso mantenha esse tom.
A imagem de cinema, já testada diversas vezes, é outro risco. É uma imagem interessante de se acompanhar por um ou dois capítulos, mas que se torna enjoativa no decorrer de 170. Outros folhetins já contaram com experiência similar nos primeiros capítulos e se viram obrigados a voltar ao padrão de novela tempos depois. É necessário separar cada uma das produções: documentários, filmes, novelas, séries e jornais são diferentes, trabalham com dosagens diferentes e por isso apresentam diferenças na fotografia.
Por fim, "Avenida Brasil" conta com a difícil missão de manter o telespectador de "Fina Estampa" ligado na Globo e evitar que uma nova sequência de quedas, que foi interrompida pela trama de Aguinaldo Silva, comece. A missão é difícil e sabe-se que João Emanuel Carneiro não se preocupa de imediato com a audiência - e sim com o fato de estar contando sua história da forma que acha que deve contar. O que resta ao telespectador é acompanhar os próximos desdobramentos da faixa das 21h da Globo.
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