Depois de ver Gui Araújo falando sobre sua relação com Anitta, ainda que não tenha citado nomes, a cantora citou no Twitter a palavra "mitomania", transtorno psicológico atribuído a quem mente compulsivamente. Segundo ela, isso existe, não é frescura e foi assim que adjetivou o ex-namorado. "É uma patologia de ordem psiquiátrica, um transtorno em que a pessoa possui uma tendência compulsiva por mentir", alerta o psicólogo Alexander Bez ao NaTelinha.
Com 20 anos de experiência, o profissional destaca que a mitomania pode nascer com a pessoa e também se desenvolver ao longo da vida. "Vai depender como será a evolução dessa psicose. O mitômano acha que suas histórias são autênticas, pela constância do mundo da fantasia, também conhecida como 'pseudologia fantástica'", acrescenta.
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Gui Araújo falou sobre uma ex-namorada bissexual que conheceu no Carnaval, mas não queria ter um relacionamento sério. Acabou vencido pelo cansaço. Os fãs de Anitta se tocaram na referência, mas como Gui já havia sido refutado em outras afirmações citando "romances proibidos", a dona do hit Girl from Rio não hesitou em usar a mitomania como palavra-chave para descrevê-lo.
O fato surpreende, já que todos os participantes são monitorados diariamente, 24 horas por dia, sob as lentes de dezenas de câmeras, e qualquer mentira seria refutada aqui fora. "O mitômano ignora a realidade, isso inclui câmeras ou a realidade externa. Entretanto, há níveis de mentira: leve, moderada e severa. Sempre aplicadas em prol do autor que as inventa. Há um padrão de obsessão-compulsão, associada à extrema necessidade patológica em contar mentiras, envolvendo aumento, invenção e fofoca", analisa Alexander.
A afirmação de que às vezes é difícil que uma pessoa é mitômana é verdadeira. O psicólogo dá dicas de como detectá-lo: sempre averiguando o objetivo da mentira e qual é o interesse do envolvido é um deles. A mentira também teria que ser algo contínuo. Caso não seja, descaracterizaria o transtorno.
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"O mitômano capricha nos detalhes e na dramaturgia! Dariam ótimos atores de teatro, pela capacidade absurda em transparecer a realidade a qual acredita, através da mentira. As histórias tendem a ser exageradas, sempre muito felizes ou muito tristes."
Alexander Bez, psicólogo
O psicólogo acrescenta ainda que o mentiroso sempre se coloca em posição de vítima e a intenção de atrair mais atenção, elaborando respostas para questões mais rápidas e simples. Além disso, todos eles possuem uma extrema contabilidade em contá-las, sem que a pessoa se autodenuncie, sem sentir medo ou culpa em ser descoberto.
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Existe cura?
A condição da psicose é aumentada quando há uma "gratificação final" em jogo. Contudo, há tratamentos para que a pessoa consiga alcançar um controle do transtorno.
"Apesar de ser difícil a pessoa reconhecer que tem o transtorno, mas com seções de terapia com psicólogos ou psiquiatras, o profissional ajudará a entender quais são os motivos que levam a criação das mentiras", finaliza.
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