Tiago Leifert questiona demissões na Globo: "Tem gente enganando há 30 anos que continua"
Ex-Globo falou sobre as demissões que vêm ocorrendo na emissora
Publicado em 21/04/2023 às 11:31
Fora da Globo desde 2021 quando pediu desligamento para cuidar da filha, Tiago Leifert questionou as demissões que vêm ocorrendo na líder de audiência. "Os recados são mistos quando a gente olha a lista", disse ele na manhã desta sexta-feira (21) em seu canal 3 na Área, no YouTube.
O jornalista avaliou que os cortes poderiam ocorrer de outra maneira. "Acho que qualquer um de nós, se estivéssemos sentados na cadeira, com chapéu de decidir, teríamos feitos cortes na carne", afirmou.
"Eu só acho que o entendimento, olhando as manchetes de quem é desligado da empresa, estamos confundindo o que é reestruturação financeira com reestruturação de linguagem, porque os recados são mistos quando a gente olha a lista."
Tiago Leifert
Tiago Leifert também fala sobre saída de Benja do SBT
Posteriormente, o ex-apresentador do Big Brother Brasil também falou sobre a demissão de Benjamin Back, do SBT. "Quando a gente vê o desligamento do Benja, do SBT. Esse é um claro recado de que o SBT perdeu a Libertadores, ponto final", decretou.
"Como não tem Libertadores, eles vão usar um que já tem salário para outra função. O cara narra a Sul-Americana e vai dobrar no programa, porque vão tirar um salário após perder a Libertadores."
Para Leifert, essa é uma oportunidade de se mudar a linguagem, mas ponderou: "Vejo poucos nomes da chefia. E muitos da chefia têm salário alto e alguns trabalham bem menos do que o pessoal que tá sendo desligado da empresa".
"Me causa estranheza", diz Tiago Leifert
Ele seguiu falando sobre os cortes e disse: "Me causa estranheza. Quando você vê cortes no Google, por exemplo, tem de tudo. Porque os cortes são por posições. Eles retiram um departamento inteiro, então vai embora desde o chefe até quem faz a limpeza daquele setor. É todo mundo. Então acho curioso quando vejo a lista e percebo que tem gente lá enganando há 20, 30 anos e continua por lá. Não acontece nada, porque são eles que assinam".
Por fim, alertou sobre o que isso pode causar na qualidade do produto final. "Eu fico com medo da qualidade, porque a reportagem é difícil, é um dom. Para cultivar uma fonte, é preciso de tempo. E eu vi gente indo embora que tem muita fonte, porque tem anos de casa."
"Não sei quanto tempo os novos conseguirão ter essas fontes como os que deixaram a empresa. Era gente que ligava para ligar no celular do governador, do prefeito. Isso leva tempo. Talvez eu não teria feito a mesma lista [de cortes] de quem saiu", encerrou.