Rastro do sucesso

Fora da Globo, Maria Adelaide Amaral vivia o auge há 20 anos

A Casa das Sete Mulheres ficou marcada pra sempre na TV


Maria Adelaide Amaral olhando para o computador com mãos sobre o teclado; Camila Morgado e Tiago Lacerda posados em A Casa das Sete Mulheres
Fora da Globo, Maria Adelaide Amaral vivia o auge há 20 anos - Foto: Reprodução

Há 20 anos, Maria Adelaide Amaral vivia o auge da sua carreira ao assinar A Casa das Sete Mulheres, minissérie escrita a quatro mãos com Walther Negrão. Sempre colaboradora das novelas até naquele ano de 2003, salvando inclusive buracos deixados na grade, como o prosseguimento do texto de O Mapa da Mina (1993), após a morte do autor principal da obra, Cassiano Gabus Mendes, e na adaptação de Anjo Mau, no remake de 1997, foi nas minisséries que Maria Adelaide se encontrou.

A década de 2000 foi considerada o período em que o gênero esteve mais em evidência, tendo obras aplaudidas pela crítica e pelo público. Com A Casa das Sete Mulheres, Amaral viveu o maior amadurecimento profissional e conseguiu imergir aos personagens na emoção e sofrimento em um período histórico pouco utilizado na teledramaturgia: A Guerra dos Farrapos.

A produção conseguiu fazer uma reconstituição da época com primazia, conforme crítica especializada da época, além de uma trilha sonora marcante e um elenco bem escalado. O resultado da obra pode ser vista em outras ocasiões, como nas reprises na própria Globo, em 2006 e 2012, e no Canal Viva, em três ocasiões.

A minissérie também foi inserida no Globoplay em agosto para o assinante assistir a qualquer hora, além de uma versão em DVD lançada em 2004. De 20 anos pra cá muita coisa mudou, a principal transformação foi a Globo não ter investido mais nas minisséries.

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O fim da era Maria Adelaide Amaral na Globo

Ao aposentar o gênero, o canal também deu um chá de cadeira em Maria Adelaide Amaral. A Globo até tentou produzir outra minissérie da autora, que contaria um trecho da vida de Maurício de Nassau (1604-1679), mas não foi pra frente.

A alternativa foi entregar uma vaga de uma novela das 9 para ela escrever e, assim, nasceu A Lei do Amor (2016), uma das novelas mais fracassadas da história do horário nobre da emissora. Sem espaço, a Globo não viu outra saída a não ser não renovar o contrato de Maria Adelaide Amaral, que deixou a emissora em dezembro.

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