Maria Adelaide Amaral deixa a Globo após 32 anos
Autora consagrada não faz mais parte do elenco da casa
Publicado em 20/12/2022 às 10:45,
atualizado em 20/12/2022 às 10:59
Autora de sucesso da Globo, Maria Adelaide Amaral deixou a emissora depois de 32 anos de serviços prestados. A informação foi publicada pelo jornalista Maurício Stycer, do UOL. "Não tinha mais lugar lá pra mim", disse ela.
A profissional é dona de inúmeras minisséries de sucesso, tais como A Muralha (2000), Os Maias (2001), A Casa das Sete Mulheres (2003), JK (2006), Queridos Amigos (2008), Dalva e Herivelto (2010) e Dercy de Verdade (2012), dentre outras.
Maria Adelaide também esteve à frente de novelas como Anjo Mau (1997), Ti Ti Ti (2010), Sangue Bom (2013) e mais recentemente, A Lei do Amor (2016), sua última produção na casa.
A trajetória de Maria Adelaide Amaral
Ela é portuguesa e veio ao Brasil aos 12 anos de idade. Para ajudar nas despesas de casa, inicialmente foi trabalhar numa fábrica de roupas. Em 1970, conseguiu um emprego como redatora na Editora Abril, onde permaneceu até 1986.
Como autora de teatro, começou em 1974 na peça Resistência. Formou-se em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero no ano de 1978 e escreveu mais de 14 obras para o teatro. Dentre elas, Chiquinha Gonzaga.
O início na Globo
Na Globo, começou em 1990 como colaboradora de Cassiano Gabus Mendes em Meu Bem, Meu Mal. Ela também se consagraria nas minisséries, especialmente as históricas.
"As minisséries históricas são uma grande oportunidade de o Brasil conhecer o Brasil, e você sente que o público espera por elas. Em vários estados do país, cruzei com pessoas que me diziam isso. As minisséries históricas serviam para elas aprenderem sobre a história do Brasil, serviam, na verdade, para o Brasil descobrir o Brasil."
Maria Adelaide Amaral ao Memória Globo
Ao Memória Globo, ainda, afirmou que minissérie histórica não é Telecurso 2º Grau. "É teledramaturgia. É claro que tenho todo o interesse em que o maior número de telespectadores assista, mas não é porque estou fazendo televisão, considerada por muitos como um veículo menor, que vou oferecer um produto inferior", enfatizou.
"Dou o melhor de mim quando faço teatro e dou o melhor de mim também na televisão. O melhor que tenho a oferecer às pessoas é o meu trabalho. Então, se o que ofereço for repercutir e, realmente, for ajudar as pessoas a compreenderem melhor a história do Brasil e seus personagens, fico muito feliz. E a televisão cumpre uma função utilíssima", encerrou.