Cada um cada um

Ao contrário de Jô Soares, Caetano Veloso não teme improdutividade: "Não penso nessa questão"

Cantor completou 80 anos de idade e atentou para a juventude do país


Caetano Veloso olhando pra baixo com fone no ouvido
Caetano Veloso comenta resposta de Jô Soares sobre improdutividade - Foto: Reprodução/TV Globo

Caetano Veloso concedeu entrevista ao Encontro desta segunda-feira (8) e em um papo gravado com Manoel Soares, o cantor, ao contrário de Jô Soares, não teme ser improdutivo. "O que o Jô Soares respondeu é muito bonito, mas não tenho medo da improdutividade. Não penso muito nessa questão", disse o cantor que completou 80 anos de idade no domingo (7).

Ao olhar para o passado, o cantor não hesita em fazer autocrítica. "Não que eu aprove o que eu disse antes, tem coisa que olho pro meu passado e vejo coisas que disse ou fiz: 'Pô, naquele momento estava errado e não sabia'", confessou.

Para o cantor, o envelhecimento piora o ser humano em muitos aspectos, mas traz o amadurecimento, o que pode melhorar outras questões. "As duas coisas acontecem", pontuou ao apresentador Manoel Soares. O envelhecimento piora em muitas coisas, mas pode melhorar. As duas coisas acontecem."

Questionado sobre o que as pessoas têm que observar, não titubeou: "As pessoas jovens. O que a juventude pode viver e como a gente pode agir pra enriquecer as possibilidades de vida nas pessoas que estão".

A carreira de Caetano Veloso

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Caetano Veloso ingressou na vida artística nos anos 1960, dando início ao movimento tropicalista, nova vertente da MPB influenciada pela Bossa Nova e por ritmos regionais. Ao longo da carreira, se tornaria um dos maiores nomes da arte brasileira, reconhecido internacionalmente.

Em 1967, sua letra Alegria, Alegria foi destaque no Festival da Música Popular Brasileira. Àquela altura, já era uma das principais vozes contra a ditadura militar. No ano seguinte, com o decreto do AI-5, foi preso, torturado e acabou se tornando exilado político em Londres. Por lá, aproximou-se ainda mais de Gilberto Gil e Jorge Mautner, dando início a novos projetos.

Mesmo distante, seguiu atuante na arte brasileira, enviando composições a intérpretes como Gal CostaElis Regina e Roberto Carlos. Retornou ao Brasil na década de 1970 e firmou-se com dezenas hits nas rádios, como como O Leãozinho, Você é Linda e Sampa. Também tornou-se presença frequente em programas de TV, ampliando o sucesso nas décadas de 1980 e 1990.

Multiartista, fez trabalhos como escritor e no teatro desde o início da carreira. Ao longo dos anos, também escreveu romances, compôs trilhas sonoras de filmes brasileiros e internacionais, além de conquistar milhões de discos vendidos e prêmios importantes, como Grammy e Grammy Latino.

Foi casado com a atriz Dedé Gadelha, de 1967 a 1986, com quem teve o primeiro filho, Moreno Veloso. No mesmo ano da separação, uniu-se à atriz e produtora Paula Lavigne, com quem ficou casado até 2005 e teve outros dois meninos: Zeca Veloso e Tom Veloso. O casal reatou em 2016. Todos os três filhos seguiram carreira na música.

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