Caso sacudiu a TV mundial

Convulsões e ataques epilépticos: O dia que episódio proibido de Pokémon levou terror aos hospitais

Crianças foram internadas e situação caótica marcou o mercado de animes


Cena do episódio de Pokémon que levou várias crianças ao hospital
Episódio de Pokémon levou várias crianças ao hospital - Foto: Reprodução

É possível um desenho causar convulsão e ataques epiléticos? No dia 16 de dezembro de 1997, foi ao ar um episódio do desenho Pokémon que parecia comum, como todos os que eram exibidos semanalmente. Mas essa edição teria um efeito um tanto especial.

Durante uma cena que foi ao ar por volta das 18h51, o Pikachu de Satoshi salta e solta um ataque de 10.000 Volts para cuidar de um míssil que se dirigia para o seu caminho. A explosão resultante encheu a tela com luzes vermelhas e azuis por cerca de quatro segundos e meio. Esse foi o momento que as crianças se sentiram desconfortáveis e tiveram a convulsão. 4 milhões de crianças japonesas assistiam ao anime.

Devido a um efeito estroboscópico usado em uma cena, quase 700 espectadores (principalmente crianças) foram levados para hospitais; várias dessas pessoas sofreram ataques epilépticos fotossensíveis (com convulsão e ataque epilético). E mais casos ocorreram depois que os noticiários mostraram clipes da cena durante as reportagens sobre o evento. 

O incidente recebeu inúmeros nomes da mídia japonesa, incluindo "Pokémon Shock" (Choque de Pokémon), "Pokémon Panic" (Pânico de Pokémon), "The Pokémon Incident" (Incidente do Pokémon), "Porygon Shock" (Choque de Porygon), e "Pokémon Flash" (Flash/Luz de Pokémon).

A reação dos responsáveis pelo desenho foi rápida e severa. O anime Pokémon foi forçado a uma parada de quatro meses, e este episódio nunca mais foi transmitido em qualquer parte do mundo. O episódio foi banido em todos os países depois de ser exibido apenas uma vez no Japão. O efeito estroboscópico foi um resultado direto do ataque de Pikachu, mas o papel principal de Porygon no episódio fez com que ele se associasse ao incidente. Até hoje, Porygon e seus parentes nunca mais apareceram no anime.

Médicos e a televisão japonesa se uniram sobre o problema de Pokémon

Depois de meses de fãs expressando seu desejo de que o programa voltasse ao ar (via fax, porque este era o Japão nos anos 90), a TV-Tokyo fez um anúncio no dia 30 de março de que o programa voltaria. Retornou em 16 de abril de 1998, e foi transferido das 18h30 de terça-feira para as 19h de quinta-feira. No total, o hiato do programa durou quatro meses.

Médicos se uniram às emissoras de televisão japonesas para criar diretrizes de segurança para programas televisivos de animação. As diretrizes incluíam o seguinte:

Imagens piscantes, especialmente aquelas com vermelho, não devem piscar mais do que três vezes por segundo. Se a imagem não tiver vermelho, não deve piscar mais rápido do que cinco vezes por segundo. As imagens piscantes não devem ser exibidas por um período total superior a dois segundos. Listras, redemoinhos e círculos não devem ocupar uma grande parte da tela da televisão. 

Quando o anime Pokémon finalmente voltou à televisão, um anúncio explicando a situação e agradecendo aos fãs por seu apoio foi ao ar antes do episódio.

Abaixo a cena do momento (ATENÇÃO - Se você tem Epilepsia Fotossensível, NÃO ASSISTA):

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