Memórias da Telinha

Há 20 anos, Angélica estreava Bambuluá como superprodução para bater Pokémon

Bambuluá também apostou em desenhos japoneses na guerra da audiência


Angélica e elenco mirim de Bambuluá
No ano 2000, Globo apostava em Angélica com Bambuluá - Divulgação/TV Globo

Em 9 de outubro de 2000, Angélica estreava Bambuluá, atração infantil para rivalizar contra Eliana & Alegria (1998-2003) na Record, que fazia grande sucesso com Pokémon, e Jackeline Petkovic no SBT, que gozava das animações de Warner e Disney. A Globo apostou na loira para tentar abocanhar de vez o primeiro lugar, que mudava de mãos frequentemente nas manhãs diárias da televisão. Bambuluá, que foi o último infantil de Angélica,  saiu do ar pouco mais de um ano depois, sem consolidar a liderança.

Na época, Angélica, que tinha 26 anos, estava há dois meses sem apresentar um programa na Globo, desde que o Angel Mix saiu do ar. Batizada de Bambuluá, a Cidade dos Sonhos, a Globo não economizou e o programa começou a ser rodado numa mega cidade cenográfica de três mil metros quadrados nos Estúdios Globo. A área foi usada até para erguer o shopping da novela Torre de Babel (1998).

Para enfrentar a Record e o SBT, a rede carioca também resolveu apostar em um filão que estava em alta no canal do bispo Edir Macedo: os desenhos japoneses. Ela passou a mostrar Monster Rancher e Digimon, que já vinha sendo exibido.

À Revista Isto É Gente na época, a loira comemorou a oportunidade: "Estarei atuando e apresentando ao mesmo tempo. E as gravações serão todas externas, o que é bem melhor. Fiquei 15 anos dentro dos estúdios, fazendo programa de auditório para as crianças. Cheguei a conclusão que o público gosta mais de ao ar livre".

Para Angélica, fazer um programa de qualidade era a chave do sucesso. E opinou: "Não dá para ter o mesmo formato de antigamente. As crianças estão vivendo a era do computador, estão mais espertas, e consequentemente, exigem algo mais dinâmico".

O formato de Bambuluá e a estreia decepcionante no Ibope

Na trama, Angélica era convocada pelos sete atores mirins, cada vez que a segurança de Bambuluá era ameaçada. Havia também vilões e embates entre os dois lados. Os cavaleiros, aliás, como eram chamados, andavam com um anel com o qual acionava um arma, eram alunos da mesma escola e programadores da TV Globinho (2000-2015) .

Com o pretexto de ser uma âncora da TV, Angélica introduzia os desenhos e quadros do infantil. Nascia ali, então, o embrião do infantil que deu lugar ao Encontro com Fátima Bernardes em 2012 e ao É de Casa em 2015.

Há 20 anos, Angélica estreava Bambuluá como superprodução para bater Pokémon

No primeiro episódio, Bambuluá registrou média de 6 pontos na Grande São Paulo, empatando com o SBT. O pico foi justamente com os desenhos japoneses, quando a intenção da Globo era, ao longo do tempo, diminuir o número de animações e aumentar o de dramaturgia.

Ao longo dos meses, Bambuluá se mostrou uma aposta equivocada, e em junho de 2001, quando seu contrato estava prestes a vencer, Angélica queria emplacar um novo programa. As disputas com o SBT e a Record eram acirradas e a liderança se alternava com grande frequência.

Fim de Bambuluá e nova era com Vídeo Game

Há 20 anos, Angélica estreava Bambuluá como superprodução para bater Pokémon

O término do infantil era iminente. Bambuluá foi encerrado em dezembro de 2001, quando Angélica já comandava simultaneamente o Vídeo Game (2001-2011), quadro que encerrava o Vídeo Show (1983-2019).

No ano seguinte, comandou a primeira temporada do reality show musical Fama nas tardes de sábado, horário que se firmaria a partir de 2006 com o Estrelas, permanecendo até 2018. A loira também esteve à frente da segunda temporada do Fama em 2002 e por um curto período na volta do Vídeo Game em 2018. Agora, Angélica se prepara para estrear o Simples Assim, no próximo sábado (10), antecedendo o Caldeirão do Huck.

Confira um trecho da estreia de Bambuluá:

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