Chupa-cabra: Lenda parou o Brasil e bombou no Domingo Legal
Em junho de 1997, Gugu fez um especial sobre o animal no SBT
Publicado em 13/07/2022 às 09:54,
atualizado em 13/07/2022 às 10:14
Em meados dos anos 90, um animal com aparência de extraterrestre assustava os moradores do interior de São Paulo. Em fazendas, animais eram encontrados mortos sem os órgãos internos e quase sem sangue em seus corpos. Surgia ali a lenda do chupa-cabra.
De acordo com um estudo, feito por ufólogos de Curitiba, as cidades em São Paulo que sofreram possíveis ataques do bicho foram São Roque, Araçoiaba da Serra, Ribeirão Branco, Sorocaba e Pereiras. Segundo os estudiosos que se aprofundaram no caso, a lenda ganhou o mundo com supostas aparições e registros de mortes semelhantes na América do Norte, América Central, no Brasil e até na Rússia.
Relatos sobre o chupa-cabra apareceram pela primeira vez em Porto Rico em meados dos anos 1990. Eles descreviam uma criatura bípede de quase um metro e meio de altura com olhos grandes, espinhos nas costas e longas garras.
Benjamin Radford, pesquisador do Comitê para a Investigação Cética (CSI, na sigla em inglês) fez uma longa pesquisa, que levou cinco anos de estudo sobre essa estranha criatura. Radford localizou a primeira pessoa a relatar ter visto a criatura: Madelyne Tolentino, da cidade de Canóvanas, no leste de Porto Rico. Em 1995, ela disse ter visto uma criatura parecida com um Alien da janela de sua casa.
O chupa-cabra no Domingo Legal
Com os boatos sobre o chupa-cabra se espalhando pelo Brasil, o programa Domingo Legal, apresentado por Gugu Liberato no SBT, em junho de 1997, produziu um programa especial para falar sobre o fenômeno animal. Gugu recebia em seu palco o repórter investigativo Saulo Gomes, que foi apresentado a uma pessoa que dizia ter a cabeça do suposto chupa-cabra. O apresentador mostrou diversas imagens assustadoras do animal. Gomes dizia que a cabeça apresentava característica gelatinosa e com um mal cheiro terrível. O jornalista também chegou a dizer que soube de humanos que também foram vítimas do chupa-cabra.
Com uma reportagem cheia de mistério, Gomes entrevistou um homem, que não quis ser identificado, que teria em mãos a possível cabeça do chupa-cabra. O objeto era claramente um animal mumificado não identificado. “Possui um mal cheiro terrível”, repetia Saulo, afirmando que a cabeça em questão possuía muita semelhança com o ET de Varginha.
O homem tentou explicar como a cabeça foi encontrada, mas disse que foi um amigo pescador que a achou e não tinha muitos detalhes. Apenas que foi em uma noite de pescaria e que o animal possuía membranas em suas patas. “Como eu vi a foto no jornal e achei parecido, quis colaborar com o programa”, afirmou o homem não identificado.
Na época, diversos biólogos e veterinários disseram que o que foi mostrado no Domingo Legal lembrava uma arraia com algumas partes cortadas. Em um outro programa, Gugu deu continuidade à matéria, trazendo o biólogo Ertes Figueiredo dos Santos, de Ribeirão Preto (SP), que apresentou uma arraia conservada em via úmida.
Em julho, o caso foi solucionado. Saulo Gomes e a equipe do programa foram ao local onde a cabeça permaneceu por 20 anos, um bar na Barra Funda, em São Paulo.
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