Início de uma era

Música que perdeu concurso da Globo ajudou na criação da Globeleza

Carnaval Globeleza completa 30 anos no ar


Boni e Valéria Valenssa lado a lado posando para fotos
Boni ao lado da primeira Globeleza, Valéria Valenssa - Foto: Divulgação/AF Assessoria
Por Thiago Forato

Publicado em 22/04/2022 às 05:21,
atualizado em 22/04/2022 às 09:52

No Carnaval de 1992, há 30 anos, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, ex-vice presidente de Operações da Globo, queria um hino na emissora para que a data nunca mais passasse batida. A palavra Globeleza é uma criação do escritor, poeta e letrista Aldir Blanc, conforme ele relata em sua biografia, O Livro do Boni (2013).

O ex-todo poderoso da Globo relata que ele e João Carlos Magaldi, então diretor-geral da Globo Central de Comunicação, organizavam um concurso com o objetivo de criar um hino para o Carnaval 1993. Ganhou um samba de Jorge Aragão.

Mas, entre os concorrentes, havia outro samba cujo letrista era o Aldir e que usava a palavra Globeleza. Boni pediu para que negociassem com ele os direitos e foi adotado, desde então, a expressão como marca do Carnaval e nome da garota. Antes disso, Boni pediu a Jorge Aragão uma autorização para mexer na letra.

No trecho do samba que dizia "Eu tô no ar, ai que beleza", houve a troca para "Tô no ar, tô Globeleza". "Tudo se encaixou com perfeição", recordou Boni em sua biografia.

A figura da Globeleza

Música que perdeu concurso da Globo ajudou na criação da Globeleza

A vinheta, criada pelo designer Hans Donner consistia em uma mulher negra nua, coberto por purpurinas ou efeitos visuais, sambando ao som da música tema do Carnaval da Globo.

A primeira mulher a aparecer na vinheta foi Valéria Valenssa, que ficou eternamente marcada por protagonizar os vídeos por 14 anos. Após sua primeira gravidez, outras mulheres assumiram o posto, como Giane Carvalho (no Carnaval de 2005), Aline Prado (nas vinhetas de 2006 a 2013), Nayara Justino (em 2014), e Erika Moura (desde 2015).

Neste ano, no entanto, a Globo acabou com a tradição e a Globeleza passa a deixar de existir. A emissora aboliu a figura da mulher negra como representante do período festivo em sua programação. Tampouco o canal se preocupou em fazer uma vinheta em estúdio como sempre fazia.

Veja a nova vinheta:

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