Ronnie Von comemora volta à TV: "É a minha vida"
Apresentador estreou na TV a cabo à frente programa sobre vinhos
Publicado em 16/03/2022 às 05:24,
atualizado em 16/03/2022 às 10:43
Longe da TV há mais de dois anos, desde que deixou a TV Gazeta, Ronnie Von está empolgado com seu novo programa Além do Vinho, exibido no canal de TV fechada Sabor & Arte. A atração estreou no dia 09 e vai ao ar semanalmente às 23h. A primeira temporada tem 12 episódios e é gravada na adega da casa do apresentador.
"A televisão para mim é a minha vida, eu sem televisão, vou ser um homem pela metade ou menos ainda. Me senti mais vivo, é um projeto que vem muito ao encontro das coisas que eu gosto, não tinha nem como dizer não. Os diretores do Grupo Bandeirantes vieram na minha casa, fizeram a proposta, na hora eu falei 'estou junto'. Aí aconteceu uma coisa mais divertida ainda, eu tenho uma adega em casa e quando mostrei perguntaram se eu me incomodaria de fazer o programa na minha adega. Era tudo o que eu queria ouvir ", comemora em entrevista ao NaTelinha.
Aos 77 anos, Ronnie Von tem prazer em falar sobre trabalho e planos para o futuro. Além do novo programa, ele sente falta e quer voltar para a TV aberta. Unir dois temas que são suas paixões, vinho e TV, deixam Ronnie Von bem à vontade. Ele destaca que apesar do foco ser o vinho, a atração vai além.
"São 12 episódios só para que a gente possa estar aberto a outras portas. Estou muito contente porque era o que queria fazer. O vinho é o pretexto, o programa fala de cultura, história, geografia, biologia, Botânica, todas essa coisas ligados, intrínsecas, mas as pessoas não imaginam. Tem também o paladar, os aromas, as degustações, a gente fala por países, por tipos de uva".
Ronnie Von
Casado há 37 anos com Kika Von, o apresentador conta com o suporte da mulher também na hora do trabalho: "Como é em casa recebemos toda a produção de braços abertos".
Ronnie Von diz que detesta game show
O apresentador comenta que tem trauma e não suporta programas do tipo game show, mas, por ironia do destino, sua nova atração tem um quadro neste formato e ele tem se divertido bastante.
"Uma coisa em televisão que detesto é o tal de game show. Criei um trauma na minha cabeça com aquela história lá do Qual é a Música? então eu não suporto participar de game show e caiu um dentro do meu próprio programa agora, eu não mereço (risos)", brinca.
"No segundo bloco do programa, o somelier traz um vinho para a gente descobrir qual é, no primeiro programa inclusive eu errei feio, nos outros programas tenho acertado praticamente tudo".
Por enquanto, ele torce para uma segunda temporada mas deixa claro que seu objetivo é atingir outras áreas na TV em breve. "Não queria uma coisa muito longa porque quero também estar no mercado de outras maneiras. O Grupo Bandeirantes tenho relação de afetividade, os diretores são amigos de frequentar a minha casa", conta.
E quanto o assunto é a TV Gazeta, emissora em que trabalhou nos últimos anos, o apresentador deixa claro que não guarda mágoa da sua saída da emissora. "Tivemos durante 15 anos um programa numa emissora que é a menor da rede aberta, que os críticos de TV diziam ser o menor programa de entretenimento da televisão, a melhor revista eletrônica. Isso me deixava muito feliz até a hora em que aquela crise monumental bateu em todas as emissoras e eu fui um dos primeiros a pagar caro por essa história, acabou o dinheiro. Se acaba o dinheiro você não pode obrigar uma pessoa a te pagar. Fomos todos dispensados, só fiquei muito chateado porque não pude me despedir do público", recorda.
"Mas devo muito à Gazeta, eles foram impecáveis comigo durante 15 anos. Tenho muito carinho, era um programa de qualidade. Meu programa de maior audiência era quarta-feira, que todas as emissoras passavam futebol, então você tinha uma alternativa".
Ronnie diz que começou na Gazeta numa época em que a televisão se baseava em três suportes:
"A escatologia, a pornografia e o sangue, nós fizemos o contrário e deu certo. Não fique esperando que pancadaria, catástrofe e confusão que vai dar audiência, não é isso, pode até dar, mas tem que ter uma alternância de uma coisa boa. O mundo não é tão perverso como querem mostrar, isso é uma coisa que me incomoda".