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Sessão da Tarde vira motivo de queda de braço na Globo

Sessão de filmes está há quase 50 anos no ar


Logotipo da Sessão da Tarde
Sessão da Tarde está há quase meio século no ar - Foto: Divulgação/TV Globo
Por Thiago Forato

Publicado em 27/10/2021 às 04:34,
atualizado em 28/10/2021 às 17:54

No ar desde 1974, portanto, há quase meio século, a Sessão da Tarde novamente virou motivo de queda de braço na Globo. Com seu fim cogitado há pelo menos oito anos, a ideia de nacionalizar a grade de programação vem sendo postergada pela direção, principalmente depois do fracasso do Se Joga (2019-21), mas não completamente descartada, apurou o NaTelinha.

Um de seus defensores é Amauri Soares, agora diretor do canal TV Globo, cargo denominado depois da reestruturação das empresas do grupo em 2020. Para ele, a sessão de filmes é uma marca do canal e pelo menos por enquanto, seu fim deve ser adiado enquanto houver possibilidade de acervo e a audiência estiver respondendo, ainda que os áureos tempos dela tenham passado. Marcando entre 9 e 12 pontos na Grande São Paulo, a Sessão da Tarde continua líder de audiência.

Diretores defendem, no entanto, que a Sessão da Tarde virou um produto datado e que agora seria a oportunidade de apostar em um novo visando esta nova década, já que os filmes dificilmente chegarão atrativos ao fim dela. Pesa contra, ainda, a inevitável perda de distribuidoras nos próximos meses, como Warner e Disney. Os contratos, que geralmente são renovados no primeiro semestre no ano de vencimento, ainda não ganharam novas validades e estão prestes a expirar.

Com o novo desenho de grade de programação de 2022, a Globo deve optar pela permanência da Sessão da Tarde, mas não está garantida no segundo semestre, por exemplo. A emissora deve estrear um novo horário para reprise de novelas e fortalecer a audiência com seu produto mais forte.

Dólar em alta faz acordo ficar mais caro para a Globo

A Globo possui um enorme acervo de filmes de praticamente todas as distribuidoras, mas os grandes títulos custam caro. Ela é quem determina quais filmes quer comprar, já que todos os contratos são por preferência. Aqueles que ela não quiser, outras emissoras podem adquirir. No entanto, a rede carioca quase sempre faz valer o acordo e garimpa os mais cobiçados.

Os valores de cada filme são tratados individualmente, mas quando a Globo fechou a maioria dos contratos, o dólar ainda estava abaixo de R$ 4 entre 2018 e 2019. Os acordos "dolarizados", portanto, não eram vistos como fonte de problemas, ainda que as distribuidoras cobrem mais caro e tentem jogar mais pesado no aspecto financeiro na hora de vender para a Globo.

Agora com seus contratos expirando e com o dólar flertando com os R$ 6 e um cenário econômico e político instável, a emissora deve respirar mais aliviada com o fim de parcerias. Procurada, a Globo informou que "a Sessão da Tarde segue confirmadíssima para a grade de 2022". 

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