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Na Bahia, Brasil Urgente deixa telespectador xingar políticos ao vivo por vacinação de presos

No quadro Sentença Popular, o público é estimulado a ligar para opinar sobre um assunto


Uziel Bueno
Uziel Bueno, apresentador do Brasil Urgente Bahia. Foto: Reprodução/Band
Por Redação NT

Publicado em 09/02/2021 às 19:37,
atualizado em 09/02/2021 às 20:26

Nesta terça-feira (9), durante o Brasil Urgente Bahia, exibido pela Band Bahia, o apresentador Uziel Bueno abriu um espaço para o público opinar, por telefone, sobre detentos do sistema carcerário terem direito a integrarem os grupos prioritários da vacinação contra a Covid-19. Nos pitacos do público, houve xingamento ao prefeito de Salvador, Bruno Reis, e desejos de que todos os presidiários morressem infectados.

O quadro em que a população é chamada a telefonar para o programa e opinar se chama Sentença Popular. “Você acha que um preso, um detento, deveria receber a vacina contra o Covid-19 antes que eu ou você, por exemplo? Antes de um professor? Antes de um policial militar ou civil? Antes de um rodoviário? Antes de um bombeiro? Antes de um vendedor? Você acha? É isso que vai acontecer”, criticou Uziel, em tom inflamado.

Um homem, identificado como Argolo, do bairro da Barra, em Salvador, disse que a situação era de “deixar o cidadão de bem revoltado”. “O Bruno Reis disse que quem está encarcerado está em um lugar aglomerado. E o trabalhador que acorda quatro da manhã, com ônibus lotado, não está aglomerado não? Eu estou achando que o Bruno Reis está querendo defender a classe dele. Boa tarde”, xingou.

“E não é só Bruno Reis não. Bruno Reis e governador Rui Costa. Todo mundo. Eu tenho menos privilégio que um preso. Eu serei vacinado bem depois que um preso, que cometeu crime. Homicida, estuprador, sequestrador, pedófilo. Pedófilo tem mais direito que eu, homem? Você, meu amigo, você, minha amiga, você acha que isso é justo?”, reagiu Uziel.

Outra telespectadora, identificada como Maria, do bairro de Luís Anselmo, em Salvador, classificou a situação como uma “vagabundagem”. “Um Brasil de corno governado por sacana. Um bocado de vagabundo, descarado. Essas desgraças tem que morrer, rapaz. A gente que trabalha, paga nossos impostos. Eu fico indignada com essas coisas”, disse, levando o apresentador aos risos.

A mulher desejou a morte de detentos. “Essas desgraças tem que morrer, botar lá em um lugar que só tenha jacaré para matar essas desgraças toda. Essas pestes não tem pena de ninguém, nem deles próprios. Eles não se amam, não amam pai, não amam mãe, não ama ninguém. Por que é que a gente tem que ter pena dessas desgraças?”, questionou.

“Por mim morre todo mundo lá de Covid”, disse Uziel Bueno

Antes de encerrar o quadro, um homem, identificado como Joselito, de Feira de Santana, ponderou sobre a situação: “É melhor se vacinar ou soltar todo mundo?”. “Por mim morre todo mundo lá de Covid”, rebateu Uziel, chamando o intervalo.

“Se esse país começar a ser linha dura com quem merece, esse país muda. Mas enquanto a gente for complacente com quem é errado, esse país não muda. Tudo começa aqui na cabeça”, pontuou, posteriormente, o apresentador.

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