Foi forte

JN faz editorial sobre 50 mil mortes por coronavírus: "A história atribui glória e desonra"

Renata Vasconcellos e William Bonner fizeram discurso sobre as 50 mil mortes causadas pela doença


William Bonner e Renata Vasconcellos
Jornal Nacional teve forte editorial neste sábado (20) - Foto: Reprodução/Globo

William Bonner e Renata Vasconcellos abriram o Jornal Nacional deste sábado (20) com um forte editorial sobre as 50 mil pessoas que morreram por causa do novo coronavírus. Os apresentadores lamentaram os óbitos e criticaram aqueles que estão relativizando a doença.

“A família de mais de 50 mil brasileiros estão enlutadas. Os mortos por coronavírus somam 50.058, segundo o consórcio de veículos de imprensa”, iniciou Bonner, passando a palavra para Renata Vasconcellos.

“É um marco trágico na pandemia. Mais de 50 mil mortes, mais de 50 mil. Uma nação se define como uma reunião de pessoas que compartilham sentimentos, afetos, laços, cultura, valores, uma história comum. Empatia é a capacidade do ser humano tem de se colocar no lugar do outro, de entender o que o outro sente. Uma nação chora os seus mortos, se solidarizam com aqueles que perderam pessoas queridas. 50 mil! Diante de uma tragédia como essa, uma nação para pelo menos por um instante em respeito a tantas vidas perdidas. E é o que o Jornal Nacional está fazendo agora diante desses rostos que estamos perdendo desde março”, afirmou Renata.

“E é um sinal muito triste nos tempos que vivemos que nós temos que explicar essa atitude. Não para imensa maioria do povo brasileiro. De jeito nenhum. Mas por uma minoria muito pequena, mas muito barulhenta. O que nós fazemos, o jornalismo profissional deveria, se não fechar completamente os olhos completamente para essa pandemia, que pelo menos respeitasse essa dor. O JN já perdeu pra gente parar para respirar, porque tudo vai passar. O JN já lembrou que as vidas perdidas não podem ser vistas apenas como números. E a gente repete mais uma vez: Respira! Vai passar! A gente repete que 50 mil não é um número, mas são pessoas que morreram numa pandemia. Elas tinham famílias, pais, mães, irmãos, tios, avós, famílias. Tinham amigos, vizinhos, colegas de trabalho como nós aqui somos. E nós, como nação, devemos um momento de conforto pra todos eles”, discursou Bonner.

“E pra nós mesmos, porque nós somos uma nação. Como disse o Bonner, tudo vai passar e, quando passar, é a história com H maiúsculo que vai contar para gerações futuras o que de fato aconteceu. A história vai registrar o trabalho valoroso de todos aqueles que fizeram de tudo para combater a pandemia. Os profissionais de saúde em primeiro lugar”, acrescentou Vasconcellos.

William Bonner faz reflexão sobre o futuro

William Bonner finalizou o editorial do Jornal Nacional falando que a história traz seus lados positivos, mas também os negativos. Ele explicou que as pessoas que ignoraram a doença ou foram agressivos com as vítimas da Covid-19 vão ser criticadas ao longo do tempo.

“Mas a história vai registrar aqueles que se omitiram. Os que foram negligentes. Os que foram desrespeitosos. A história atribui glória e atribui desonra. A história fica pra sempre”, concluiu.

Repercussão

O Jornal Nacional tem feito uma grande cobertura sobre o coronavírus e se tornou o principal opositor do presidente Jair Bolsonaro, que já chamou a doença de "gripezinha". Por conta do editorial, muitos internautas elogiaram a postura do telejornal.

Confira:

Mais Notícias

Enviar notícia por e-mail


Compartilhe com um amigo


Reportar erro


Descreva o problema encontrado