Perrengue chique

Socorro, Manoel Carlos: 'Helenas' organizam protesto no Leblon e viram piada

Moradores do bairro estão se manifestando contra novos empreendimentos


Montagem de fotos de Regina Duarte chorando no papel de Helena e cartaz de protesto no Leblon
Regina Duarte no papel de Helena e cartaz de protesto no Leblon - Reprodução/TV Globo e Daniel Delmiro
Por Redação NT

Publicado em 18/09/2025 às 18:50,
atualizado em 18/09/2025 às 18:53

O bairro do Leblon, que serviu de cenário para as novelas de Manoel Carlos, está sob ameaça. Isso é o que dizem algumas 'Helenas' que moram na região da Zona Sul há anos e organizaram um protesto contra os empreendimentos que estão chegando ao local e anunciando imóveis pequenos, com cerca de 50 metros quadrados.

De acordo com reportagem da coluna de Lu Lacerda na Veja, a queixa se deve ao fato de que as unidades compactas serão vendidas por valores abaixo do que aqueles na casa dos milhões, cobrados pelos imóveis antigos e mais espaçosos. Esse fator, segundo os "moradores raízes", traria um fluxo diferente para o bairro e um novo perfil de morador.

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A tendência de apartamentos compactos é uma realidade que já faz parte das grandes cidades, mas não agrada aos "leblonenses típicos". Eles argumentam que o Leblon ainda é um bairro bucólico, pacato e familiar, clima que estaria sendo ameaçado pelos novos empreendimentos.

Cartazes e faixas estão sendo espalhados pela ruas do bairro, que tem o metro quadrado mais caro do Rio e um dos mais caros do Brasil. "Leblon sob ameaça?", questiona uma faixa pendurada na entrada de um prédio.

Um prédio na rua Almirante Guilhem, por exemplo, vai passar de quatro andares para oito e já anunciou vendas na planta. Os apartamentos têm de 32 a 77 metros quadrados, opções de estúdios, apartamentos de 1 quarto e double suítes (como estão sendo chamadas as antigas quitinetes).

"Um absurdo, são 115 mini apartamentos numa área residencial… O movimento vai ser absurdo", reclamou uma empresária que reside na região. "O Leblon sempre foi um bairro familiar, pacato, de convivência próxima. Era comum encontrar conhecidos na padaria, nas esquinas, em restaurantes tradicionais que faziam parte da vida de todos. Essa essa essência está se perdendo", lamentou outro.

O mesmo homem, que além de morador é corretor de imóveis, completou: "Hoje vemos cada vez mais construções de apartamentos pequenos, de 40 ou 50 metros, que atraem um fluxo intenso de novos moradores, mais trânsito, mais movimentação, mais carros. Isso descaracteriza completamente a vida do bairro".

O que dizem os moradores do Leblon

Faixa de protesto no Leblon
Faixa exposta em prédio do Leblon - Daniel Delmiro/Divulgação

Os moradores que fazem parte do movimento "Querem destruir o Leblon", nome que ainda não é oficial, chamam de absurdo "o que querem fazer com o Leblon". O protesto acabou indo parar em algumas páginas dedicadas ao Rio de Janeiro nas redes sociais e virou motivo de piada.

"Aqui na Pavuna não se fala em outra coisa! Fizeram até protesto ontem", brincou um internauta, citando uma região menos valorizada da capital fluminense. "Em Rocha Miranda, o assunto é só esse. Estamos indignados", debochou outro morador da Zona Norte.

Usuários do Instagram ainda sugeriram que os empresários que estão construindo no Leblon inaugurassem uma filial do Supermercado Guanabara, rede de supermercados popular, nas ruas tradicionais do bairro. "Helena vai pra Barra dessa vez", ironizou um seguidor do perfil Suburbano da Depressão.

Em meio à repercussão negativa do movimento, alguns "leblonenses" estão negando que façam parte do protesto e dizem que isso é apenas conversa de WhatsApp.

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