Racismo?

Vídeo: Vereador imita macaco em discussão com colega negro em GO

Caso aconteceu em sessão e vereador está sendo investigado


Vereador imita macaco
Vereador imitou macaco em plena sessão - Foto: Reprodução/Internet

O vereador Professor Lincon (Cidadania) foi flagrado na manhã desta segunda-feira (13) emitindo sons semelhantes aos gritos de um macaco, dirigindo-se ao colega Carlim Imperador (Pros), que é negro. A ação foi mostrada pelas câmeras que transmitiam a 174ª sessão ordinária da Câmara Municipal de Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal.

O incidente ocorreu durante uma votação para um projeto local. Lincon e Carlim entraram em uma discussão acalorada, com um terceiro vereador tentando conter os ânimos, sem sucesso. Subitamente, Lincon começou a imitar um macaco, silenciando a todos os presentes.

Em resposta, Carlim Imperador expressou sua indignação, classificando a situação como “inaceitável”. O vereador destacou a lamentável atitude de Lincon, especialmente por este se autodenominar professor, proferindo insultos e gestos de cunho racial e vinculando um colega vereador negro a um macaco, tudo dentro do ambiente legislativo.

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“É fundamental ressaltar que o debate e a discordância política fazem parte e devem ocorrer em um ambiente de respeito mútuo, e não como palco para ofensas pessoais e discriminatórias, especialmente aquelas relacionadas à raça”, afirmou Carlim.

O vereador prometeu tomar todas as medidas cabíveis para responsabilizar Lincon Albuquerque. Um boletim de ocorrência por injúria racial já foi registrado na Delegacia de Polícia de Planaltina de Goiás. Lincon ainda não se pronunciou sobre o incidente.

O caso foi repudiado por diversos setores da sociedade. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Goiás emitiu uma nota de repúdio, afirmando que a atitude de Lincon é “intolerável e criminosa”. A Secretaria Municipal de Direitos Humanos de Planaltina de Goiás também se manifestou, afirmando que “não tolerará qualquer tipo de discriminação racial”.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Polícia de Planaltina de Goiás. Se condenado, Lincon Albuquerque pode pegar de um a três anos de prisão, além de multa.

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