HBO fará série documental sobre tragédia que matou famosa atriz nos anos 80
Yara Amaral morreu no naufrágio do Bateau Mouche IV, tragédia que ainda envolve perguntas
Publicado em 12/03/2024 às 05:51
A HBO está produzindo para a plataforma de streaming Max uma série documental sobre o Naufrágio do Bateau Mouche IV, que matou a atriz Yara Amaral (1936-1988). A embarcação naufragou na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, em 31 de dezembro de 1988, e culminou na morte de 55 pessoas.
A direção caberá a Tatiana Issa e Guto Barra, mesmos responsáveis por Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez, outra série documental que teve grande repercussão em 2022. Essa atração relembrou a morte de outra atriz, também famosa pelo trabalho na TV, em 1992.
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O anúncio foi feito pela coluna de Ancelmo Gois, do jornal O Globo. No Instagram, Tatiana Issa comentou o novo projeto da HBO: “Seguimos com o mesmo olhar respeitoso com as vítimas e sobreviventes, uma pesquisa cuidadosa, baseada nos autos do processo”.
“Uma série difícil e muito dura de fazer, com inúmeros desafios, mas que pretende elucidar tudo que poderia ter sido evitado para que tristes e terríveis tragédias como essa, e todos os descasos jurídicos que se seguiram, nunca mais se repitam. Uma série importante e necessária”, pontuou a diretora.
Relembre o caso do Bateau Mouche IV
O caso do Bateau Mouche foi parar na Justiça. Em maio de 1993, os sócios majoritários da empresa responsável pela embarcação foram condenados a regime semiaberto, por homicídio culposo, formação de quadrilha e sonegação fiscal. No ano seguinte, no entanto, eles fugiram para a Espanha.
O luxuoso tour náutico consistia em ver, do mar, a queima de fogos na praia de Copacabana, com ceia e música ao vivo. Especula-se que havia 142 passageiros na embarcação com capacidade para 62 pessoas.
No Réveillon de 1989, a tragédia causou comoção ainda maior por estar, entre as vítimas, a atriz Yara Amaral. Ela havia acabado de interpretar a vilã Joana Flores em Fera Radical (1988), que saiu do ar um mês antes, e tinha no currículo títulos como Dancin’ Days (1978) e Guerra dos Sexos (1983).
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Além da artista, o naufrágio culminou na morte de outras 54 pessoas – incluindo a mãe dela, Elisa Gomes, que também estava a bordo. A atriz não sabia nadar e, em pânico, sofreu uma parada cardíaca. Ela deixou dois filhos, João Mário e Bernardo, com 13 e 15 anos na época.
