30 anos depois

Caso Daniella Perez: Diretora de série explica por que não entrevistou assassinos

Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez estreia nesta quinta-feira (21), na HBO Max


À esquerda, Glória Perez; à direita, a atriz Daniella Perez
Gloria Perez e a filha, Daniella Perez - Foto: Montagem
Por Redação NT

Publicado em 20/07/2022 às 12:45,
atualizado em 26/07/2022 às 16:38

A série Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez estreia nesta quinta-feira (21), na HBO Max, sem dar espaço para os assassinos da atriz morta há 30 anos. Condenados pelo crime que chocou o país, Guilherme de Pádua e Paula Thomaz não estão entre os entrevistados da produção, como revelou a diretora Tatiana Issa, em entrevista.

“Durante trinta anos eles falaram o que quiseram para inúmeros veículos, dando versões falsas e essas inverdades foram sendo perpetuadas”, afirmou Tatiana Issa à revista Veja. “Se déssemos espaço para eles, estaríamos fazendo o mesmo que tanto criticamos. Houve um grande circo midiático em torno deste caso”, acrescentou a diretora.

No entanto, a série documental trará imagens e falas antigas dos dois condenados pelo crime e também de seus advogados. Um dos objetivos da produção é desmentir boatos sobre o crime – entre eles, um suposto envolvimento entre Daniella Perez e Guilherme de Pádua, que na época viviam um par romântico na novela De Corpo e Alma (1992).

A série teve o aval de Glória Perez, mãe da vítima. Tatiana teve um sonho com Daniella há cerca de um ano e meio e enviou um e-mail à autora de novelas da Globo propondo um documentário sobre o caso. “Já está na hora de contar essa história”, respondeu a escritora, naquela ocasião, dando o aval para a produção, encaminhada depois para a HBO Max.

Segundo Tatiana, a decisão de não ter novos depoimentos dos assassinos partiu dela e não de Glória Perez. “A única coisa que ela nos pediu foi que a gente colocasse a verdade e nos baseássemos nos autos do processo”, garante Tatiana, ainda no depoimento à Veja. Ela dirige Pacto Brutal em parceria com Guto Barra.

Relembre o caso Daniella Perez

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Em 28 de dezembro de 1992, a atriz Daniella Perez foi assassinada por Guilherme de Pádua, com quem contracenava na novela De Corpo e Alma, e pela então esposa dela, Paula Nogueira Thomaz. A vítima tinha 22 anos e ascendia em sua carreira na TV, o que fez o crime dominar as manchetes de todo o país.

O corpo de Daniella foi encontrado em um matagal na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, com 18 golpes de tesoura que perfuraram pescoço, pulmão e coração. Horas depois, Guilherme foi apontado como suspeito, porque seu carro foi visto por um advogado no local do crime.

Na época, Paula Thomaz estava grávida de quatro meses. Na prisão, nasceu seu filho com Guilherme de Pádua, Felipe, em maio de 1993. O casal se divorciou ainda durante o cumprimento de pena, após a mudança da versão do ex-ator, ao dizer confirmar a suspeita da polícia de que a então esposa também havia participado do assassinato.

Guilherme foi condenado a 19 anos de reclusão em 1997, mesmo ano em que Paula Thomaz recebeu a pena de 18 anos e seis meses. Em 1998, a pena dela foi reduzida para 15 anos. Ambos saíram em liberdade condicional em 1999, menos de sete anos após o assassinato.

Em cinco episódios, a série da HBO Max traz depoimentos de Raul Gazolla, viúvo de Daniella, e de amigos como Fábio Assunção, Claudia Raia, Cristiana Oliveira, Maurício Mattar, Wolf Maya, Glória Maria, Eri Johnson e Roberto Carlos. Além disso, autoridades e advogados também foram ouvidos. Assista ao trailer:

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