Há 25 anos, série com Malu Mader saiu do ar às pressas na Globo
A Justiceira teve 12 episódios, 20 a menos do que havia sido planejado
Publicado em 01/07/2022 às 05:31,
atualizado em 01/07/2022 às 07:28
Há 25 anos, a série A Justiceira saiu do ar antes do previsto na Globo. Estrelada por Malu Mader, como uma ex-policial que volta à ativa após o rapto do filho, a atração dirigida por Daniel Filho perdeu 20 episódios porque a atriz, então aos 31 anos de idade, engravidou. A gestação culminou no corte de mais da metade dos episódios.
A Justiceira bebia na fonte de filmes de ação e séries norte-americanas, com muitas cenas de tiros, explosões, perseguições e lutas. De acordo com o site Memória Globo, a série teria, inicialmente, 32 episódios, mas a produção teve de ser reduzida para 12, com duração de 40 minutos cada, devido à gravidez da atriz Malu Mader, que precisou usar cinta em algumas gravações para esconder a barriga.
Em seu livro O Circo Eletrônico, Daniel Filho relembrou o episódio: “Fiquei chateado com Malu Mader, no princípio, por conta de sua gravidez acidental, com a qual ninguém contava. Mas agora vejo que, na verdade, foi uma bendita gravidez, porque estávamos numa enrascada [com o alto custo da produção] e seria muito difícil contar as histórias programadas para A Justiceira”.
Em 1º de setembro de 1997, nasceu Antonio, filho de Malu com o músico Tony Bellotto, dos Titãs. Naquela época, eles já eram pais de João, nascido em 1995. Apesar da boa repercussão do seriado, uma segunda temporada nunca chegou a ser cogitada. Parte das críticas considerava que a história era muito violenta, segundo o site Teledramaturgia.
Relembre a série A Justiceira, com Malu Mader
A Justiceira entrou no ar em 2 de abril de 1997 com a história de Diana Maciek, que, no passado, matou um colega durante ação policial. O acidente fez a moça se afastar do trabalho, mas ela se vê obrigada a voltar à ativa quando o filho pequeno é sequestrado por conta das dívidas do marido, Rafael (Ângelo Antônio), com traficantes.
Uma organização secreta, chefiada por Augusta (Nívea Maria), entra em contato com Diana para oferecer ajuda. O grupo de justiceiros opera no combate ao crime organizado e passa a contar com a expertise da ex-policial, que adere a diversos disfarces para solucionar os crimes. A cada episódio, uma nova história é contada.
No episódio Cinzas do Planato, a protagonista investiga o assassinato de executivos homossexuais em Brasília. Em Mesmo que Seja Eu, Diana se envolve com um homem cujas amantes são encontradas mortas, ciente de que ele não é assassino. Já em Trem de Prata, um assassino está entre os passageiros do veículo, no melhor estilo Agatha Christie.
As gravações foram em película de 35mm, que dava imagem próxima à do cinema ao seriado. A produção também contou com uma equipe de dublês formada por profissionais de Hollywood, além de um investimento pesado em efeitos especiais, incomuns para produções brasileiras da época. O último episódio foi ao ar em 2 de julho de 1997.
Relembre a abertura de A Justiceira: