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Frenética e cheias de reviravolta: criadores de "La Casa de Papel" explicam motivos do sucesso

"La Casa de Papel" terá terceira temporada em 2019


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O Professor e seus ladrões em "La Casa de Papel"

Uma das séries mais baladadas no momento é "La Casa de Papel". Produzida no ano passado e transmitida originalmente na Antena 3, emissora privada espanhola, a série conquistou o mundo com sua história e narrativa.

Os criadores Alex Pina e Esther Martínez Lobato estiveram no Fórum da Série Mania nesta semana, onde criadores e executivos da indústria da TV se encontram para discutir e criar a nova geração das principais séries europeias.

Alguns motivos são explicados para tentar decifrar o sucesso de "La Casa de Papel".

Feminina

Para Pina, houve muitos filmes de assaltos perfeitos, mas ele observou que nenhuma série de assalto era perfeito. Isso porque esse tipo de história apresenta problemas. "Tentamos fornecer uma visão mais feminina. Primeiro, para evitar que o programa seja muito masculino, segundo porque no ano passado vimos uma explosão de histórias femininas", justificou Martínez Lobato.

Assim, a dupla de criadores apresentou ao público quatro personagens femininas principais: Tóquio, Nairóbi, Monica, funcionária da Casa da Moeda e a inspetora Raquel. E fizeram de Tóqui a narradora.

"A decisão mais difícil de tomar foi encontrar o protagonista perfeito. Queríamos fazer dela a personagem mais importante, uma mulher forte", acrescentou.

Velocidade

"La Casa de Papel" tem 1.000 minutos. E quanto o assalto à Casa da Moeda acontece? A partir de 14 minutos. "Queríamos fazer tudo frenético, muita ação, eventos, um após o outro, reviravoltas inesperadas e isso é algo que fez a série única e tão viciante", disse Pina.

Personagens

A série conta com ex-presidiário, filho traficante, uma mãe que perdeu a custódia da filha, outra é uma das bandidas mais procuradas da Espanha e ladrões de banco.

Frenética e cheias de reviravolta: criadores de \"La Casa de Papel\" explicam motivos do sucesso

Para Lobato, os personagens podem ser desajustados, mas todos têm algo de especial poético ou estético. "Não podemos competir com os recursos da indústria americana, então dissemos: vamos nos concentrar nos personagens", acrescentou Martínez Lobato, que mergulhou fundo no desenvlvimento emocional deles.

Narrativa

"Nunca quisemos ser chatos", disse Pina, que encontrou uma solução: "Para isso, torne a série muito fluída gerenciando flashbacks. Outra, tem a narradora Tóquio, contando a história do assalto a partir de um futuro 'indeterminado'. Isso a faz parecer uma narradora onisciente, capaz de descrever os sentimentos de outros personagens. Isso parece quase revolucionário. Séries são quase como literatura", insistiu Pina.

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Controle

Produzido com Sonia Martínez na Atresmedia, que mistura seu conteúdo com séries mais experimentais como "La Casa de Papel", esta é a primeira série da Vancouver Media, fundada por Pina e Martínez Lobato no final de 2016.

"Foi um salto desconhecido. Estaríamos todos nos reunindo no pátio de uma pequena casa onde decidimos criar uma pequena série que poderíamos controlar durante todo o processo criativo e de produção", finalizou Pina.

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